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Estado de Minas

Governo paga mais por rem�dio do Farm�cia Popular


postado em 20/08/2012 10:11 / atualizado em 20/08/2012 10:24

O Minist�rio da Sa�de paga por uma cartela de anticoncepcional vendida no Programa Aqui Tem Farm�cia Popular at� 163 vezes mais do que munic�pios desembolsam pelo mesmo produto, distribu�do gratuitamente nos postos de sa�de de todo o Pa�s.

Levantamento feito pelo Estado com base em dados de um banco p�blico de compras mostra que o minist�rio pagou mais por 17 dos 21 itens analisados. A diferen�a entre o que saiu do caixa do governo federal e o menor pre�o encontrado no mercado, em compras feitas este ano no programa, ultrapassa meio bilh�o de reais (R$ 504, 5 milh�es).

O coordenador do Programa Aqui Tem Farm�cia Popular, Marco Aur�lio Pereira, admite a diferen�a e diz que o minist�rio economiza em outros gastos que teria se a compra n�o fosse feita dessa forma.

Apesar da grande movimenta��o no mercado, Aur�lio Pereira afirma que, em rela��o aos pre�os, fica dif�cil de competir com compras p�blicas. "S�o as farm�cias que fazem a negocia��o."


O dinheiro investido, no entanto, � considerado extremamente alto por quem acompanha a pol�tica de assist�ncia farmac�utica. "Se o governo pode gastar em m�dia dez vezes mais em cada tratamento, porque esse investimento n�o foi feito antes na pr�pria rede p�blica?", questiona o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Augusto Afonso Guerra J�nior.

O vice-presidente da Associa��o Brasileira do Com�rcio Farmac�utico (ABCFarma), �lvaro Silveira J�nior, atribui as cr�ticas a uma vis�o pouco abrangente. "Com o programa, o governo n�o se preocupa com a log�stica, n�o tem nenhuma surpresa com inefici�ncia no sistema, como dificuldades de licita��o ou atrasos na entrega", disse. Al�m disso, o governo tem a disposi��o uma rede de farm�cias com grande capilaridade, dispon�vel para os usu�rios todos os dias da semana.

O promotor de Justi�a N�lio Costa Dutra J�nior identifica um outro efeito do Farm�cia Popular. "Como os pre�os pagos pelo governo federal s�o mais altos, fica desinteressante para o setor privado participar de disputas de compras nos Estados e munic�pios." Algo que, em sua avalia��o, pode levar, no curto prazo, a um aumento do pre�o do rem�dio adquirido nas licita��es.


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