Os Estados Unidos e o Jap�o apresentaram ao secretariado da Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC) um pedido de investiga��o sobre as medidas de restri��o de importa��es da Argentina, que Washington e T�quio consideram contr�rias ao com�rcio internacional, disse nesta ter�a-feira o organismo multilateral.
Segundo um porta-voz da OMC, as acusa��es foram feitas de forma separada. Para os Estados Unidos e o Jap�o, as medidas adotadas pela Argentina "limitam as importa��es de bens e estabelecem uma discrimina��o entre produtos importados e nacionais", disse o porta-voz. A demanda de consultas � o ponto de partida formal de um procedimento para dirimir diferen�as na OMC.
As consultas permitem �s partes examinar o assunto e abordar uma solu��o satisfat�ria sem iniciar um procedimento. Em 60 dias, se as consultas n�o permitirem resolver a quest�o, os pa�ses que acusam a Argentina podem solicitar que o assunto seja submetido � an�lise de um grupo especial.
"As medidas protecionistas da Argentina t�m afetado negativamente a um amplo segmento da ind�stria norte-americana", disse o Representante Comercial dos EUA (USTR), Ron Kirk, em um comunicado. O governo de Barack Obama "insiste que todos nossos s�cios comerciais acatem �s regras e honrem as obriga��es da OMC", afirmou Kirk.
Desde 2008, a Argentina tem ampliado "em grande medida" a lista de produtos que devem obter uma licen�a de importa��o, entre eles ve�culos, computadores, pl�sticos, roupa e cal�ado, e em fevereiro passado adotou novas restri��es para todos os bens que entrem no pa�s, disse o comunicado do USTR. "Atrav�s destas medidas, Argentina parece ter atuado inconsequentemente com a obriga��es da OMC", afirmou.
No dia 25 de maio passado, a Uni�o Europeia (UE) tamb�m pediu a abertura de consultas com a Argentina sobre medidas restritivas � importa��o aplicadas por Buenos Aires. At� o momento, nenhuma das partes solicitou a implementa��o de um grupo especial, segundo o porta-voz da OMC.
Buenos Aires adotou este ano medidas protecionistas que lhe permitiram regular o fluxo de importa��es para manter o super�vit comercial que � sua principal fonte de divisas, ante o fechamento dos mercados financeiros ap�s o default de 2001.