A acelera��o inesperada do grupo Alimenta��o, de 0,37% para 0 74% entre a segunda e a terceira quadrissemanas de agosto, fez o coordenador do �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC), Rafael Costa Lima, revisar para cima sua proje��o do indicador no fechamento do m�s, de 0,25% para 0,30%. Vale lembrar que, na semana passada, a expectativa da Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe) era de que o grupo encerrasse a terceira apura��o com eleva��o de 0,52%. "A surpresa foi a intensidade da alta, que ficou muito concentrada nos alimentos industrializados", disse Costa Lima, em entrevista � Ag�ncia Estado para comentar o IPC de 0,27% na quadrissemana de agosto.
Aquele subgrupo subiu 1,13% na terceira leitura de agosto, frente a um aumento de 0,72% na segunda medi��o. A alta, segundo Costa Lima, � explicada essencialmente pelo reflexo da valoriza��o dos gr�os no mercado internacional, "que j� chegou com bastante for�a". "J� havia sinais de que os pre�os dariam uma guinada", completou o coordenador. De acordo com o economista, o grupo Alimenta��o dever� fechar agosto com uma alta de 1,17%.
J� os grupos Transportes (-0,30%) e Habita��o (-0,01%) ajudar�o, segundo ele, a limitar o impacto dos avan�os dos pre�os dos alimentos sobre o IPC. Segundo a Fipe, Transportes poder�o fechar ainda com defla��o, de 0,23%, enquanto Habita��o poder� cair 0,17%.
Se correta a estimativa de 0,30% para o IPC ao t�rmino de agosto o acumulado em 12 meses atingir� 4,15%, taxa bem inferior � apurada em igual per�odo do ano passado, que fora de 6,84%.
No ano at� julho, o IPC acumula alta de 4,23%. O coordenador, por enquanto, n�o alterou sua proje��o para o IPC no fim do ano, de 4,80%. "Apesar da alta dos Alimentos, e da press�o para cima que normalmente acontece no final do ano, se o governo mantiver a redu��o do IPI para autom�veis, poder� equilibrar esse efeito de alta dos alimentos", justificou.