As taxas futuras de juros abriram em baixa neste dia decis�rio do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central. O mercado segue preparado para ver nova queda de 0,50 ponto porcentual da Selic, que passaria de 8% para 7,5% ao ano, nesta reuni�o e n�o h� vetor que justifique mudan�a dessa expectativa. Mas os investidores seguem alinhando posi��es com base nas expectativas para o pr�ximo encontro do Copom e a tend�ncia de baixa das taxas curtas mostra que o mercado est� propenso a acreditar que o BC vai manter aberta a possibilidade de novo corte de juros em outubro.
�s 10h10, a taxa projetada para janeiro de 2013 indicava 7,23%, de 7,26% no ajuste, com giro de 112.690 contratos. No janeiro de 2014, a taxa recua de para 7,78%, de 7,82% no ajuste.
No dia, a queda das bolsas europeias e alta dos spreads dos b�nus espanh�is no mercado secund�rio s�o par�metros de press�o, sobretudo, para a curva longa de juros, que no entanto, mostra estabilidade. A taxa do janeiro de 2021 indicava 9,76%, de 9,77% no ajuste.
Os yields (retorno ao investidor) dos b�nus da It�lia e da Espanha subiram para o maior n�vel em duas semanas, � medida que os investidores abrem espa�o para um novo papel de 10 anos italiano e depois de a Catalunha se tornar a terceira regi�o aut�noma espanhola a pedir ajuda do governo central. O yield dos b�nus espanh�is de 10 anos avan�ou para 6,52%, o maior patamar desde 16 de agosto. O yield dos b�nus italianos de 10 anos atingiu 5,85%, o n�vel mais alto desde 14 de agosto.
No Brasil, o Copom pode ou n�o entregar nesta quarta-feira alguma sinaliza��o para o encontro de outubro. Os analistas que argumentam a favor de uma indica��o de novo al�vio monet�rio em outubro citam a fragilidade externa e os dados desequilibrados da economia brasileira como justificativas. No bloco defensor de uma parada t�cnica, o argumento principal � a infla��o.
Pesquisa feita pelo AE Proje��es mostrou que analistas est�o divididos em rela��o ao encontro de outubro. De acordo com pesquisa do AE Proje��es com 74 institui��es do mercado financeiro, 34 casas previram que a taxa de juros terminar� 2012 na marca de 7,5%, ap�s o corte de 0,50 ponto porcentual previsto para hoje. O AE Proje��es capturou ainda que 20 casas aguardam a Selic em 7,00% no fim do ano; 19 no n�vel de 7,25%; e apenas uma em 7,75% - o Banco de Ribeir�o Preto, que v� o encerramento da sequ�ncia de baixas neste m�s de agosto, s� que em forma de queda de 0,25 ponto.
No exterior, o clima defensivo perdura enquanto os investidores seguem no aguardo do pronunciamento do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, no dia 31, no simp�sio de Jackson Hole. Divulgado nesta quarta-feira, o PIB dos EUA cresceu a uma taxa de 1,7% no 2º trimestre, acima da taxa divulgada anteriormente (1,5%). O dado, que confirmou a previs�o dos analistas, foi impulsionado pelo com�rcio, o que reflete a import�ncia da pol�tica de manuten��o de um d�lar desvalorizado para estimular as exporta��es norte-americanas. Mas a melhora do consumo dom�stico e dos gastos governamentais tamb�m influenciaram.