O Banco Mundial informou nesta quinta-feira que a seca nas zonas produtoras dos Estados Unidos e do leste da Europa elevou os pre�os dos alimentos em 10% em julho passado em rela��o a junho, o que sup�e uma amea�a � seguran�a alimentar de milh�es de pessoas.
A alta dos pre�os, provocada principalmente por uma devastadora onda de calor no centro dos Estados Unidos - o maior produtor mundial de milho e soja -, representa um risco para milh�es de pessoas em todo o mundo, e especialmente para os pa�ses que dependem da importa��o de gr�os, adverte a institui��o.
Os pre�os do milho e do trigo subiram 25% entre junho e julho, enquanto a cota��o da soja avan�ou 17%. Milho e soja atingiram pre�os recordes, acima do alcan�ado durante a crise alimentar de 2008.
Mas o pre�o do arroz, um alimento fundamental para muitas regi�es, caiu 4%.
"Os pre�os dos alimentos subiram novamente de forma brusca, o que amea�a a sa�de e o bem-estar de milh�es de pessoas", destacou o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.
"�frica e Oriente M�dio s�o especialmente vulner�veis, mas tamb�m outros pa�ses onde os pre�os dos gr�os subiram abruptamente".
Este alta � particularmente marcada em alguns pa�ses da �frica, como em Mo�ambique, onde o pre�o do milho subiu 113% entre junho e julho, enquanto o sorgo avan�ou 220% no Sud�o e 180% no Sud�o do Sul, segundo o Banco Mundial.
De acordo com o BM, os pre�os devem permanecer em um n�vel "alto" e com grande "volatilidade" a longo prazo devido ao "crescimento da incerteza em rela��o � produ��o agr�cola".