O Banco Central Europeu (BCE) far� o que for necess�rio para salvar o euro, afirmou nesta ter�a-feira o presidente da Comiss�o Europeia, Jos� Manuel Barroso, dois dias antes de uma reuni�o da institui��o monet�ria, na qual poder�o ser anunciadas medidas para ajudar os pa�ses mais afetados pela crise europeia.
"Claro que o BCE far� todo o poss�vel para salvar o euro. O primeiro mandato do BCE � garantir a exist�ncia do euro, n�o apenas assegurar a estabilidade dos pre�os", disse em um discurso em Bruxelas. "E quando h� amea�as � integridade da uni�o monet�ria, o BCE tem obviamente o direito de intervir e intervir�", destacou Barroso.
O mercado espera que, na reuni�o mensal da institui��o, quinta-feira, o presidente do BCE, Mario Draghi, anunciae a compra de t�tulos da Espanha e It�lia, que pagam taxas muito elevadas para obter financiamento nos mercados. Contudo, a institui��o com sede em Frankfurt "n�o quer dar a entender que os Estados podem continuar com pol�ticas irrespons�veis e n�veis insustent�veis de d�vida e falta de supervis�o como vimos recentemente", disse Barroso.
Na segunda-feira, Draghi afirmou que a institui��o tem a "responsabilidade" de intervir nos mercados da d�vida e defendeu o programa de compra de b�nus a curto prazo, de at� tr�s anos. Barroso insistiu, al�m disso, na ideia de mais integra��o, que n�o se limite apenas a uma uni�o monet�ria, mas tamb�m fiscal.
"A Comiss�o Europeia deve colocar sobre a mesa no dia 12 de setembro propostas para criar uma uni�o banc�ria europeia e nomear um supervisor �nico para nossos bancos", acrescentou. Contudo, o projeto de uma maior integra��o econ�mica e pol�tica � a "longo prazo", ponderou.
O ministro da Economia, Luis de Guindos, mostrou-se confiante de que o BCE anunciar� na segunda-feira a compra de t�tulos da d�vida soberana. "Acredito que o BCE sabe perfeitamente qual � a problem�tica do euro e atuar� em consequ�ncia", disse. De qualquer forma, o BCE j� esclareceu que s� atuar� em coordena��o com os fundos de ajuda europeus, o FEEF (Fundo Europeu de Estabilidade Financeira) e seu sucessor, o MEE (Mecanismo Europeu de Estabilidade).