O Brasil deve melhorar sua competitividade se deseja competir com China, disseram nesta ter�a-feira especialistas que participaram de um f�rum em S�o Paulo sobre a "Competitividade Industrial da China no s�culo XXI".
O ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Rubens Barbosa, alertou sobre um "excessivo protecionismo" e disse que a China - acusada de competitividade desleal por alguns setores - n�o � a raz�o que explica os problemas da ind�stria brasileira.
"O problema n�o � a China, o problema est� no Brasil, na perda de competitividade dos produtos brasileiros", declarou Barbosa no semin�rio, organizado pela Federa��o de Ind�strias de S�o Paulo (Fiesp).
Barbosa, presidente do Conselho Superior de Com�rcio Externo da Fiesp, pediu que o governo ajudasse as empresas brasileiras a abrir novos nichos no mercado chin�s.
"Precisamos repensar a rela��o com a China que queremos nos pr�ximos anos", disse. "A China n�o � s� o maior s�cio comercial do Brasil, mas tamb�m da Am�rica do Sul", completou.
Roger Leal, funcion�rio da secretaria executiva de Assuntos Estrat�gicos da Presid�ncia, disse que Brasil est� interessado em examinar tr�s �reas nas quais China poderia ter vantagens competitivas: desenvolvimento tecnol�gico, prote��o ao meio ambiente e direitos trabalhistas.
Contudo, os expositores - acad�micos brasileiros e funcion�rios que t�m levado adiante investiga��es na China nos �ltimos anos - citaram estudos que destacam progressos em produtividade, uso sustent�vel do meio ambiente e direitos trabalhistas no gigante asi�tico.
Estat�sticas oficiais mostram que o com�rcio entre Brasil e China cresceu 7%, para 37,200 bilh�es de d�lares na primeira metade deste ano, comparado com o mesmo per�odo de 2011, com um super�vit de 5,100 bilh�es para o gigante sul-americano.