O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Funda��o Get�lio Vargas (FGV) prev� crescimento de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, com a infla��o medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) em 5,4%. A estimativa para o crescimento econ�mico est� abaixo da m�dia do mercado, conforme o Boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central (BC).
Nesta segunda-feira, pesquisadores do Ibre/FGV debateram as perspectivas para a economia no Semin�rio de An�lise Conjuntural no Rio. O coordenador geral de Pesquisa Econ�mica Aplicada do Ibre/FGV, Armando Castelar, destacou o alto grau de incerteza na atual conjuntura, ao fazer um resumo ao fim dos debates. "N�o sabemos o que h� pela frente", disse Castelar, destacando que os indicadores atuais apontam para sentidos diferentes.
O cen�rio central do Ibre/FGV exposto no semin�rio considera crescimento de 0,8% do PIB no terceiro trimestre e 1,3% no quarto, sempre na compara��o com o trimestre anterior, o que foi classificado como "cen�rio otimista" por Silvia Matos, coordenadora t�cnica do Boletim Macroecon�mico do instituto. A pesquisadora destacou tamb�m que, com a queda da arrecada��o tribut�ria, o super�vit prim�rio do setor p�blico dever� ficar em 2,4% neste ano, abaixo da meta de 3,1% do governo federal. Para 2013, Silvia informou que o Ibre estima 2,8%.
Os economistas do Ibre tamb�m destacaram a dificuldade de prever os rumos da pol�tica monet�ria. "Lendo a ata (da �ltima reuni�o do Copom do BC) com muito cuidado, n�o fica claro se haver� mais um corte de 0,25 ponto na Selic", afirmou Silvia, referindo-se � taxa b�sica de juros, hoje em 7,5%.
A previs�o do Ibre para a infla��o medida pelo IPCA � de 5,4% para este ano e 5,9% para 2013, mas um cen�rio alternativo com mais crescimento poder� trazer mais infla��o. O pesquisador Salom�o Quadros destacou que, se a desonera��o da conta de luz residencial pressionar� os pre�os para baixo, reajustes das passagens de �nibus, a retirada de tarifas reduzidas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em determinados setores e um prov�vel aumento da gasolina poder�o pressionar a infla��o para cima em 2013.