O mercado futuro de juros abre a sess�o com uma surpresa positiva no �mbito da infla��o no atacado. A primeira pr�via do IGP-M de setembro subiu 0,59%, o que indica uma desacelera��o do 1,21% registrado em igual pr�via de agosto. A taxa ficou perto do piso das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Proje��es (0,54%). O dado imputa press�o de baixa para os contratos futuros de juros em um dia em que os operadores acompanhar�o os detalhes do pacote de energia que a presidente Dilma Rousseff anuncia na manh� desta ter�a-feira. O exterior travado determina oscila��es marginais nas commodities e n�o oferece um direcional claro para o dia.
Com apenas 1.095 contratos negociados, o contrato futuro para janeiro de 2013 indicava 7,30%, patamar id�ntico ao ajuste de ontem. O contrato para janeiro de 2014 tamb�m estava estacionado no n�vel de ajuste e apontava 7,81%.
Nos componentes do IGP-M, o IPA-M teve alta de 0,75% na primeira pr�via deste m�s, em compara��o com o avan�o de 1,73% na primeira pr�via de agosto, com forte arrefecimento do grupo agropecu�rio (de 4,39% para 2,01%) e ajuda tamb�m dos produtos industriais, especialmente da queda do min�rio de ferro. Por sua vez, o IPC-M apresentou alta de 0,29%, ante 0,08% e o INCC-M subiu 0,16%, ap�s registrar aumento de 0,39%.
Mas analistas mostram comedimento ao avaliar se esse arrefecimento nos pre�os das commodities coletado pelos IGPs pode trazer um al�vio mais duradouro para a infla��o no �mbito dom�stico. "Prever o comportamento de commodities � complexo. � dif�cil tirar conclus�es muito fortes. Temos dados de economia global que indicam taxas de crescimento muito menores do que o esperado, o que traz impacto de queda", comentou o economista-chefe da CM Capital Markets, Darwin Dib. "Por outro lado, o Federal Reserve (Fed) e o Banco Central Europeu (BCE) t�m o dedo no gatilho", lembrou o economista, destacando que o rumo das commodities externamente deve refletir a magnitude de monetiza��o que os Bancos Centrais dos EUA e da Europa concederem ao mercado.
"Mas, nos pre�os (IGP), estamos enxergando que essa press�o est� caindo", destacou Dib. "(Por�m) quem conduz pol�tica monet�ria, n�o faz grandes apostas com base nos pre�os das commodities", frisou. Para Dib, o que deve prevalecer � a influ�ncia negativa aos pre�os trazida pela desacelera��o global, mas no curto prazo podemos ver um impacto de alta dos pre�os das commodities se o Fed e o BCE agirem. No entanto, a pol�tica cambial brasileira de defesa de uma cota��o para o real � o fator que dificulta ainda mais a previsibilidade de como ser� o efeito do comportamento dos pre�os das commodities no exterior para a economia local.
No dia, o mercado futuro de juros ficar� atento aos detalhes do plano de energia que ser� anunciado hoje. A presidente j� antecipou que as tarifas devem diminuir 16,2% para os consumidores residenciais e de at� 28% para as grandes empresas, a partir de 2013. Mas os detalhes podem render rea��es.
O vetor externo segue travado pelas expectativas em torno da decis�o da Corte Alem� sobre a legalidade do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM), marcada para a quarta-feira 912), e a decis�o de pol�tica monet�ria do Federal Reserve (Fed), na quinta-feira. Entre as commodities industriais, os metais n�o t�m dire��o clara, mas v�rios consolidam ap�s ganhos recentes. O petr�leo tem movimentos laterais. No complexo agr�cola, o caf� subia 1,99%; a��car, 0,72%, mas algod�o e o suco de laranja recuavam marginalmente na ICE, em Nova York. A soja, farelo de soja, �leo de soja e o milho recuaram na plataforma de neg�cios da China nesta ter�a-feira.