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Estado de Minas

Setor qu�mico voltar� a investir com pacote, diz Abiquim


postado em 11/09/2012 14:53

A redu��o da tarifa de energia el�trica abre espa�o para que a ind�stria qu�mica retome planos de investimentos. A an�lise foi feita por executivos do setor, ouvidos pela Ag�ncia Estado, que aguardam mais detalhes do pacote na tarde desta quarta-feira. "Com esses n�meros, acredito que todo mundo ir� refazer suas contas", destaca o vice-presidente e coordenador da Comiss�o de Economia da Associa��o Brasileira da Ind�stria Qu�mica (Abiquim) Marcos De Marchi.

A ind�stria qu�mica �, juntamente com o setor de alum�nio e siderurgia, uma das principais consumidoras de energia do Pa�s. Por isso, o an�ncio de queda das tarifas el�tricas foi comemorado, principalmente entre executivos do setor de cloro-soda, que tem aproximadamente 40% dos custos totais associados � energia el�trica. No caso dos custos vari�veis, a energia corresponde a 70% do gasto m�dio total de empresas do segmento.

De acordo com o presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria de �lcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), An�bal do Vale, a queda de at� 28% no pre�o da energia, se confirmada (o governo ainda n�o detalhou se o benef�cio ser� aplicado tamb�m no mercado livre de energia), devolve parte da perda de competitividade do setor. "Para retomarmos a competitividade em n�veis internacionais, a redu��o precisaria ser de 30% a 35%. Mas a queda (de 28%) seria um n�mero importante para que pud�ssemos voltar a fazer as contas de investimentos", destaca.

A eleva��o dos custos e consequente redu��o da competitividade da ind�stria de cloro-soda no Brasil fez com que os investimentos do setor apresentassem baixa ou nenhuma atratividade nos �ltimos dez anos. Nesse per�odo, destaca Vale, os aportes continuaram porque as empresas instaladas no Brasil achavam importante se posicionar para atender o crescimento da demanda do mercado local.

Ainda assim, o investimento em expans�o de capacidade local est� aqu�m do necess�rio. No primeiro semestre de 2012, por exemplo, o Brasil importou 617,4 mil toneladas de soda c�ustica, pouco abaixo da produ��o total de 691,5 mil toneladas no mesmo per�odo. Desse modo, a rela��o entre produ��o local e necessidade de importa��o no Brasil � de praticamente um para um.


A produ��o de soda, usada para abastecer a ind�stria de alum�nio e papel e celulose, entre outras, � limitada pela pouca atratividade de novos investimentos e pela correla��o com cloro - ou seja, para justificar aumento de capacidade, a ind�stria de cloro-soda depende tamb�m do aumento da demanda interna por cloro, usado principalmente na produ��o de PVC. "O an�ncio do governo � um passo importante para tentarmos reduzir o d�ficit do setor", sintetiza Vale, que tamb�m preside a Carbocloro.

O presidente executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, refor�a a sinaliza��o positiva dada pelo governo com o pacote de redu��o do custo da energia e o an�ncio de outras medidas importantes, como investimentos na �reas de ferrovia e rodovia. "� claramente um passo na dire��o correta. Somos um setor cujo horizonte de planejamento � de no m�nimo quatro a cinco anos e por isso precisamos de sinaliza��o de longo prazo. E, anunciando medidas agora, o governo d� uma sinaliza��o importante para a ind�stria qu�mica", diz. O setor responde por aproximadamente 20% das importa��es totais do Brasil e, em 2012, deve registrar d�ficit de quase US$ 30 bilh�es.

De Marchi, que al�m de vice-presidente da Abiquim � tamb�m o novo diretor presidente da Elekeiroz, disse que o custo de energia no Brasil ainda ficaria cerca de 50% mais caro do que os valores nos Estados Unidos ap�s a queda dos pre�os. Mas, segundo ele, mesmo com a manuten��o de uma diferen�a entre os pre�os dos dois pa�ses, o an�ncio do governo mostra-se positivo para a competitividade da ind�stria nacional. "� raz�o para aplaudirmos que o governo esteja fazendo algo nesse sentido", afirmou o executivo.


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