As taxas futuras de juros intermedi�rias e longas at� amea�aram dar in�cio a uma queda mais consistente, em rea��o ao detalhamento do programa que visa reduzir o pre�o da energia a partir de 2013, mas terminaram perto da estabilidade nesta ter�a-feira. A presidente Dilma Rousseff confirmou que as quedas ser�o de 16,2% para os consumidores e de um intervalo de 19% a 28% para as empresas. E o ministro da Fazenda, Guido Mantega, estimou um efeito desinflacion�rio de 0,50 ponto porcentual a 1 ponto porcentual no IPCA. Mas a expectativa positiva sobre a aprova��o do Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em ingl�s) pelos alem�es e sobre o an�ncio de medidas por parte do Federal Reserve, juntamente com indicadores antecedentes dom�sticos sinalizando uma retomada da ind�stria, acabaram anulando o efeito do pacote sobre as taxas de juros.
Assim, ao t�rmino da negocia��o normal na BM&F, a taxa projetada pelo DI janeiro de 2013 (181.720 contratos) estava na m�xima de 7,31%, ante 7,30% no ajuste. J� a taxa do contrato de juro futuro para janeiro de 2014 (170.425 contratos) marcava 7,79%, ante 7,81% na v�spera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (30.905 contratos) indicava m�nima de 9,11%, ante 9,13% na v�spera. O DI janeiro de 2021, com giro de 2.840 contratos, apontava 9,67%, de 9,69% no ajuste anterior.
Parte da rea��o comedida do mercado se deve a condicionantes sobre o pacote do governo. O diretor da Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, ponderou que s� uma queda de 7% no custo da energia est� garantida. O n�mero refere-se � redu��o dos encargos setoriais nas contas de luz. Os outros 13 2% da redu��o m�dia do custo estimada em 20,2% derivar� da renova��o das concess�es. Ou seja, depende da aceita��o de novas tarifas por parte das empresas que ter�o suas concess�es renovadas.
Al�m disso, h� outros vetores limitantes, como os indicadores que apontam uma recupera��o mais consistente da produ��o industrial em agosto. Na segunda-feira a Tend�ncias Consultoria, que calcula o �ndice da Associa��o Brasileira de Concession�rias de Rodovias (ABCR), informou que a passagem de ve�culos pesados pelas pra�as de ped�gios apontou um crescimento de 4,4% em agosto ante julho. Nesta ter�a-feira a Associa��o Brasileira do Papel�o Ondulado (ABPO) mostrou que as vendas de papel�o ondulado totalizaram 300.506 toneladas em agosto, segundo dados preliminares. O volume representa um aumento de 9,61% ante julho.
Ainda no �mbito dom�stico, o IGP-M subiu 0,59% na primeira pr�via de setembro, ap�s apresentar aumento mais intenso, de 1 21%, em igual pr�via do m�s passado. Segundo a Funda��o Getulio Vargas (FGV), o IPA-M, um dos tr�s componentes do �ndice, teve alta de 0,75% na primeira pr�via, ante 1,73% na primeira pr�via de agosto.
Mas outros vetores limitantes para a queda das taxas futuras vieram dos exterior. Na Europa, a perspectiva � de que o Tribunal Constitucional da Alemanha decida pela legalidade do ESM, o fundo de resgate permanente da zona do euro. Enquanto isso, nos EUA, a espera � por est�mulos do Fed, na quinta-feira.