O presidente do Conselho Tem�tico Permanente de Infraestrutura (Coinfra) da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), Jos� de Freitas Mascarenhas, espera que o plano federal para portos e aeroportos, ainda a ser anunciado pelo governo, elimine as barreiras � moderniza��o desses setores. A atual situa��o dos dois modais foi apontada por Mascarenhas como uma das raz�es para a perda de competitividade da ind�stria nacional em rela��o a concorrentes internacionais.
"A expectativa � de que todos os obst�culos que impedem o desenvolvimento dos portos sejam eliminados", afirmou o executivo ap�s palestra no f�rum Brasil Competitivo, promovido pelo Grupo Estado em parceria com a CNI. "O que vemos (no discurso de membros do governo) � que h� o objetivo de se modernizar essa �rea, para que investimentos sejam feitos e os portos alcancem padr�o internacional, com custos competitivos", completou.
Para alcan�ar esse objetivo, segundo ele, o governo precisar� equacionar uma ampla lista de barreiras, incluindo quest�es legislativas. "Temos, por exemplo, uma lei que introduziu o conceito de porto para ser utilizado com carga pr�pria, o que � um impeditivo para o desenvolvimento do setor no Brasil. � algo anacr�nico, uma lei que estabelece que s� pode fazer investimento em portos aquele que tem carga pr�pria", disse Mascarenhas.
O presidente do Coinfra pondera que � preciso que o governo analise quais medidas s�o mais necess�rias neste momento. Questionado sobre a possibilidade de a Infraero ter mais de 50% de participa��o em novas sociedades na concess�o de controle de aeroportos, Mascarenhas fez um alerta. "Este n�o � o caminho. O empres�rio privado gosta de ele pr�prio fazer as coisas dentro de sua maneira de ver. Quando se coloca o governo dentro (do projeto), isso inibe a criatividade do empres�rio", afirmou. A primeira rodada de concess�es na �rea de aeroportos tamb�m contou com a participa��o da Infraero, mas de forma minorit�ria, de at� 49%.