O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, nesta sexta-feira que o Brasil vai crescer mais de 4% em 2013 e que seguir� nesse ritmo de crescimento nos anos seguintes. De acordo com o ministro, a partir do terceiro trimestre o Pa�s retomou o crescimento gradual da economia, medido pela alta do Produto Interno Bruto (PIB), e � um dos mais preparados para enfrentar a crise, de longa dura��o,em sua avalia��o.
Entre os pontos que sustentariam esse crescimento, Mantega citou os fundamentos s�lidos da economia, a solidez financeira, a estabilidade pol�tica e jur�dica, o dinamismo do mercado interno e a efici�ncia na produ��o de commodities. "Temos uma solidez fiscal bem melhor do que os outros pa�ses. Podemos ver que o Brasil apresenta um d�ficit fiscal menor do que os outros pa�ses." O d�ficit, que foi de 1,9%, em 2011 deve ser de 1,6% este ano e ficar em torno de 1% em 2013.
Infla��o domada
O ministro voltou a afirmar que a infla��o segue sob controle. "Teremos infla��o mais baixa em 2012 do que em 2011. A press�o na infla��o ocorreu por causa de quebra de safra nos Estados Unidos. Mesmo assim, a press�o na infla��o � administr�vel". O ministro ressaltou que a classe C tem sua fatia de participa��o crescendo consideravelmente, puxando o crescimento do consumo no Pa�s. Continuaremos expandindo o consumo, a economia brasileira � uma das mais s�lidas do mundo e vamos gerar mais de 1 milh�o de empregos em 2012", disse.
Em vantagem
Para Mantega, as economias avan�adas continuar�o com baixo crescimento e com contra��o no mercado consumidor. No entanto, disse, a crise tamb�m atinge os pa�ses emergentes e em desenvolvimento e j� causa tanto preju�zo quanto a crise de 2008. "A crise afeta em maior grau os pa�ses mais dependentes dos mercados desenvolvidos, mas o Brasil, por depender menos do que os outros pa�ses, leva vantagem", afirmou.
A pol�tica cambial do Brasil com o d�lar a R$ 2,00 aumenta a competitividade brasileira, principalmente do setor industrial, disse. O ministro classificou como mito atribuir o crescimento do Pa�s ao aumento do consumo. "Quero desmistificar o mito de que o Brasil cresceu com base no aumento do consumo. O Brasil cresceu com investimentos, cresceu mais com a Forma��o Bruta de Capital Fixo (FBCF) do que com consumo nos �ltimos anos." Para Mantega, o excesso de investimentos cria problemas, como na China. Por isso, o Brasil adota pol�ticas antic�clicas desde 2008.
Juros reais
As condi��es de crescimento do Pa�s seguem sendo criadas pelo governo, com a redu��o da taxa de juro real abaixo de 2%, lembrou. "Temos praticado pol�tica monet�ria moderadamente expansionista", disse, acrescentando que "estamos com juros reais baixos no Brasil pela primeira vez em muitos anos". Segundo ele, o juro real baixo reduz o custo do capital e transa��es econ�micas de modo geral. "H� espa�o para melhorar e reduzir juros e spreads".
O ministro participa nesta sexta-feira do F�rum Exame. Com o tema "O Brasil e as empresas brasileiras no novo cen�rio mundial", o F�rum � realizado em S�o Paulo.