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Estado de Minas

FGV prev� que varejo ser� foco de press�es na infla��o


postado em 17/09/2012 14:25

A desacelera��o do IGP-10 em setembro confirma que os efeitos da quebra de safra de produtos agr�colas como soja e milho sobre os pre�os come�am a se dissipar. Nos pr�ximos meses, por�m, o foco de press�es inflacion�rias deve se deslocar para o varejo, que s� agora come�a a repassar ao consumidor as fortes altas registradas pelo atacado nos meses anteriores. De acordo com o coordenador dos IGPs da Funda��o Get�lio Vargas (FGV), Salom�o Quadros, os IGPs atingiram o pico em agosto e a tend�ncia � de desacelera��o.

Em setembro, as mat�rias-primas responderam por 90% da desacelera��o do �ndice de Pre�os ao Produtor Amplo (IPA) - que saiu de 2,21% em agosto para 1,40% neste m�s. "O efeito da seca americana sobre a soja e o milho se suavizou. O choque est� arrefecendo, mas deixando herdeiros", disse Quadros. Em setembro a soja em gr�o subiu 5,46%, ap�s um aumento de 15,62% em agosto. No caso do milho, a alta saiu de 22,17% para 5,68%.

Quadros lembra, por�m, que o choque de oferta agr�cola ainda gera press�es derivadas gra�as ao aumento de custos para o produtor de carnes, por exemplo. O pre�o do su�no vivo saltou 21 49% em setembro, contra 11,44% em agosto. Paralelamente, est�o em curso algumas altas que n�o est�o ligadas � seca americana e at� agora encobertas pelos estragos da soja.

� o caso do arroz, cujo pre�o ao produtor saltou 12,42% por causa da entressafra e estoques baixos. J� o trigo sofreu eleva��o de 11,8% em setembro por reflexo de uma quebra de safra na R�ssia. Segundo Quadros, isso deve justificar eleva��es que j� come�am a aparecer no varejo e tendem a se intensificar.

O economista destacou ainda no IPA o recuo dos pre�os de Bens Intermedi�rios - de 1,11% em agosto para 0,75% em setembro. A desacelera��o foi concentrada na queda de pre�os de combust�veis e lubrificantes para a produ��o - saindo de 5,01% para 0,85% - em resposta ao fim da press�o vinda dos dois aumentos do �leo diesel no ano.

A dissemina��o da infla��o pelo varejo ficou patente com o �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC-10) de setembro, que dobrou a 0,42%, maior alta desde maio. A principal explica��o para a disparada veio de Transportes, influenciado pela eleva��o dos pre�os dos autom�veis novos (0,52%) e menor ritmo de queda dos pre�os dos usados (-0,40% ap�s queda de -2,48% em agosto). O grupo respondeu por 65% do aumento do IPC.


Para Quadros, a evolu��o desse item daqui para frente � uma inc�gnita. "Pode ter havido uma alta diante do temor de que a isen��o do IPI n�o fosse prorrogada. Mas a alta pode estar associada � grande demanda. A pergunta � se foi um movimento pontual ou n�o", diz ele. "� preciso avaliar bem para calibrar a medida (de isen��o do IPI, rec�m-prorrogada at� outubro). Se voc� est� tendo alta de pre�os significa que ela come�a tamb�m a ter custos para o Pa�s."

Se uma nova alta dos pre�os de autom�veis � incerta, a press�o sobre os pre�os dos alimentos no varejo � dada como gradual, mas inevit�vel. Dentro do IPC, a alta do item alimenta��o se manteve praticamente est�vel (saindo de 1,11% para 1,09%) mas em um patamar considerado alto pela FGV. Para Quadros, haver� novos aumentos dos pre�os de carne su�na, aves e at� bovina por tabela.

Quadros prev� que a taxa acumulada de infla��o no item Alimenta��o, que j� chega a 8,48% em 12 meses, subir� a 10% em decorr�ncia dos repasses das altas passadas no atacado. Parte disso j� apareceu em setembro, com a intensifica��o de aumentos na carne de porco (3,40%), aves e ovos (2,71%) e �leo de soja (1 93%).

O arroz subiu 4,34% e p�es e biscoitos, 1,46%. O que contrabalan�ou esse quadro foi o pre�o do tomate, que ap�s extrapolar para 59,56% em agosto desacelerou e subiu apenas 5 67% em setembro. "O tomate pesa 0,40% no IPC e equilibrou as demais altas. Mas esse "efeito tomate" dificilmente vai se repetir", explica Quadros.


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