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Estado de Minas

Argentina tem at� dezembro para melhorar suas estat�sticas, informa FMI


postado em 18/09/2012 19:55

O Fundo Monet�rio Internacional (FMI) lamentou nesta ter�a-feira a falta de avan�os da Argentina para melhorar a qualidade das estat�sticas oficiais do pa�s e deu outros tr�s meses de prazo, at� 17 de dezembro, para o pa�s p�r suas contas em ordem.

A diretoria do organismo voltar� a se reunir nessa data "e avaliar� os passos adicionais a partir da resposta da Argentina, alinhados com os procedimentos do FMI", de acordo com o comunicado. A infla��o e at� os dados do Produto Interno Bruto (PIB) argentino s�o motivo de pol�mica dentro e fora do pa�s. O FMI pede h� mais de um ano para o governo de Cristina Kirchner resolver o assunto.

Em fevereiro, o Fundo deu 180 dias a Buenos Aires para resolver o problema, prazo que acabou na segunda-feira. Segundo os regulamentos do Fundo, a Argentina deve responder a essas solicita��es antes deste novo e �ltimo prazo de 17 de dezembro, a partir do qual pode ser iniciado, primeiro, o mecanismo de censura e depois, o de san��es.

Nenhum pa�s foi sancionado nos 68 anos de FMI por causa da qualidade de seus dados. O FMI, formado por 188 pa�ses, realiza avalia��es regulares de seus membros como parte de sua monitora��o, e a confian�a das estat�sticas � parte essencial desse processo.

A Argentina, que acusa o FMI de ter contribu�do com a sua �ltima grande crise econ�mica que acabou em default em 2001, mant�m rela��es m�nimas com o organismo. O governo de Kirchner saldou todos seus compromissos financeiros com o FMI em 2006 e, em junho deste ano, determinou o cancelamento da d�vida com outros organismos internacionais. Buenos Aires se recusa a aceitar as miss�es de avalia��o do Fundo desde 2006.

A Argentina aceitou, contudo, que especialistas do Fundo aconselhassem o pa�s sobre como criar um �ndice de infla��o nacional confi�vel, em um processo que acabou em janeiro, sem resultados vis�veis. Analistas privados argentinos e investidores internacionais questionam as cifras do pa�s sul-americano e h� iniciativas no Congresso norte-americano para que essa situa��o acabe em san��es comerciais.


Em agosto deste ano, a Argentina apresentava uma infla��o de 10% interanual segundo o Instituto Nacional de Estat�sticas e Censos (INDEC). No entanto, esse �ndice que, na realidade, � o de Buenos Aires e sua periferia, � aproximadamente a metade do que as consultorias privadas projetam e do que a oposi��o divulga.

A diverg�ncia entre essas empresas privadas e o INDEC ganhou contornos pol�ticos e provocou san��es do governo. O artigo VIII do regulamento interno do FMI estabelece um processo relativamente longo a partir de dezembro.

A diretora gerente do Fundo, Christine Lagarde, deve informar ao organismo de novo, e se n�o houver mais avan�os, a Diretoria poder� votar a perda de acesso aos programas do Fundo. Essa perspectiva n�o deve preocupar a Argentina, que rejeita as ajudas do FMI, considerou Claudio Loser, ex-economista chefe do FMI para Am�rica Latina e cr�tico das posturas do pa�s.

"Conseguiram um pouco de tempo, mas n�o acredito que v�o tomar uma medida", porque isso implicaria reconhecer uma infla��o muito mais alta do que a oficial, considerou Loser. A Diretoria do Fundo pode continuar avaliando a situa��o a cada seis meses e se as diverg�ncias continuarem, o direito � voto da Argentina pode ser retirado e, finalmente, decretada sua expuls�o.

"H� pa�ses que mentiram quando tinham programas (de empr�stimo) com o Fundo, houve problemas desse tipo com a Jamaica e o Peru, h� anos, mas n�o lembro de um caso desse tipo", explicou Loser. A Tchecoslov�quia foi expulsa do Fundo em 1954 por desaven�as quanto � metodologia, mas os motivos reais foram ideol�gicos, em plena Guerra Fria, lembrou o especialista.


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