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Estado de Minas

Funding do cr�dito imobili�rio deve se esgotar em 2016


postado em 19/09/2012 19:38

Diante do forte crescimento do cr�dito imobili�rio nos �ltimos anos, o mercado brasileiro j� se prepara para incrementar os instrumentos para composi��o do funding, que hoje � sustentando principalmente por recursos originados na poupan�a. Nos pr�ximos anos, por�m, existe uma preocupa��o com o esgotamento desses recursos, conforme apontaram na tarde desta quarta-feira executivos do setor, reunidos em confer�ncia realizada pela Sociedade Latino-Americana de Mercado Imobili�rio (Lares, na sigla em ingl�s).

De acordo com estimativa de Jos� Roberto Machado, diretor de cr�dito imobili�rio do Santander, o esgotamento do funding deve ocorrer em maio de 2016, considerando um cen�rio com crescimento anual dos financiamentos em torno de 20%, e das cadernetas de poupan�a em torno de 10%. Pelas regras do Sistema Financeiro da Habita��o (SFH), 65% do dinheiro depositado nas cadernetas de poupan�a deve ser destinado ao financiamento de moradias no Pa�s.

"� certo que haver� um esgotamento e n�o podemos ficar olhando sem fazer nada", afirmou Machado. O executivo ressaltou que � necess�rio ampliar a utiliza��o dos demais instrumentos de capta��o dispon�veis no mercado, j� que a poupan�a tem uma taxa de remunera��o fixa, n�o sendo poss�vel alter�-la para atrair mais investidores. "Isso � um limitador importante", observou.

O diretor de cr�dito imobili�rio do Banco do Brasil, Gueitiro Matsuo Genso, afirmou que a institui��o buscar� diversificar seus instrumentos para compor o funding, com utiliza��o de recursos provenientes do FGTS, opera��es de securitiza��o, comercializa��o de Letras de Cr�dito Imobili�rio (LCI), al�m da tradicional poupan�a. "N�o existe nenhuma solu��o �nica e milagrosa para resolver a equa��o", afirmou.

At� 2016, 45% do funding do BB deve ter origem em recursos do FGTS. Segundo Gueitiro, isso se dar� por meio de linhas de financiamento do banco destinada a im�veis econ�micos (de R$ 100 mil) para fam�lias de baixa renda, al�m de maior atua��o na concess�o de cr�dito para compra de im�veis dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. Outros 30% devem ter origem nas LCI, que come�ar�o a ser comercializadas a partir deste m�s, segundo o executivo.


PIB

Gueitiro estimou que, at� 2020, o cr�dito imobili�rio deve seguir crescendo no mercado brasileiro, de modo que sua participa��o no Produto Interno Bruto (PIB) passe de 5% para 16% alcan�ando o montante de R$ 1,5 trilh�o. "Isso � mais do que a soma da carteira dos quatro principais players do mercado hoje", apontou. O executivo acredita que o mercado ter� muita competi��o daqui para frente, e que o BB planeja alcan�ar o segundo lugar em participa��o do mercado, atr�s apenas da Caixa Econ�mica Federal. (CEF).

O presidente da Abecip, Octavio de Lazari Junior, observou que o ritmo de crescimento do cr�dito desacelerou em 2012, puxado principalmente pela menor tomada de cr�dito pelas empresas de constru��o, que reduziram o lan�amento de novos empreendimentos residenciais no mercado. Lazari mencionou que, entre janeiro e julho de 2012, os financiamentos para pessoas jur�dicas recuaram 28% em rela��o ao mesmo per�odo de 2011. "Neste momento, a redu��o mostra o grau de maturidade e comprometimento das incorporadoras. Elas viram que erraram a m�o em alguma momento e � hora de fazer um freio de arruma��o", afirmou, referindo-se aos problemas de atrasos de obras e estouros de custos enfrentados recentemente por essas companhias.

Pessoa f�sica

Por outro lado, os financiamentos para pessoas f�sicas continuam em alta, com crescimento de 23% no mesmo per�odo. Segundo Lazari a popula��o continua procurando cr�dito, uma vez que o d�ficit habitacional do Pa�s ainda � grande, em torno de 5,6 milh�es de moradias. Al�m disso, h� bons n�veis de emprego e ganhos reais de renda, contribuindo para sustentar a demanda, avalia. "� tudo que um pa�s precisa para crescer no credito imobili�rio. E vai continuar assim no ano que vem".

Apesar da desacelera��o nos concess�es de financiamento, Lazari afirmou que o ritmo de crescimento se mant�m saud�vel. "Estamos tranquilos. N�o vamos crescer 30% neste ano, como previsto inicialmente, mas vamos buscar os 15%", apontou.


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