Do total de 70 mil metal�rgicos em campanha salarial neste ano na regi�o do ABC, em S�o Paulo, 28,6 mil (40,85%) j� fecharam acordo com as empresas, segundo o Sindicato dos Metal�rgicos do ABC. Dentro deste grupo, est�o os 1,2 mil trabalhadores do setor de fundi��o, que conseguiu aprovar proposta de 8% de reajuste, e cerca de 27,4 mil metal�rgicos de empresas que ignoraram grupos patronais e fecharam acordos isolados para evitar a paralisa��o das f�bricas.
At� o in�cio da tarde desta quarta-feira, 92 empresas do ABC concederam 8% de aumento salarial, reivindica��o dos trabalhadores, para que a produ��o n�o parasse. At� agora, dos seis grupos patronais que negociam ajustes salariais com metal�rgicos no Estado, apenas o setor de fundi��o cobriu a proposta dos trabalhadores.
As greves programadas para esta quarta-feira n�o aconteceram, pois seriam realizadas em f�bricas que procuraram o sindicato para negociar, de acordo com o pr�prio sindicato. Desde ter�a-feira, as paralisa��es se intensificaram na regi�o do ABC como forma de press�o �s bancadas patronais.
Os metal�rgicos do Estado de S�o Paulo pedem reajuste de 8%, que cobre a infla��o de 5,39% do per�odo, de acordo com o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor (INPC) e d� aumento real de 2 5%. O sindicato avisa que as empresas que fecharem aumento de 8% n�o sofrer�o greve. A base do Sindicato de Metal�rgicos do ABC tem cerca de 105 mil trabalhadores. Os 35 mil funcion�rios das montadoras, contudo, n�o participaram da campanha salarial deste ano, pois j� fecharam acordo v�lido por dois anos em 2011.
O sindicato � filiado � Federa��o dos Sindicatos de Metal�rgicos da Central �nica dos Trabalhadores de S�o Paulo (FEM-CUT/SP). Ao todo, a FEM negocia por cerca de 200 mil metal�rgicos do Estado, em seis grupos patronais. O �nico grupo que j� conseguiu aprova��o de proposta pelos trabalhadores foi o do setor de fundi��o, que ofereceu 8% de reajuste. Os demais grupos (2, 3, 8 10 e estamparia) ainda n�o chegaram a acordo. Mobilizados durante toda a semana passada, os metal�rgicos paulistas come�aram a intensificar os protestos nesta semana, com paralisa��es, assembleias e greves.