Cerca de 46 mil metal�rgicos do ABC, em S�o Paulo, que n�o conseguiram fechar acordos salariais, come�am greve por tempo indeterminado a partir de ter�a-feira. A decis�o foi aprovada em assembleia organizada pelo Sindicato dos Metal�rgicos do ABC na noite de sexta-feira e confirmada nesta segunda-feira.
Na regi�o, 64 empresas ignoraram grupos patronais e fecharam acordos para evitar a paralisa��o das f�bricas, por isso cerca de 23 mil trabalhadores do total de 70 mil que est�o em campanha salarial no ABC n�o far�o greve. Al�m disso, n�o participar�o 1 2 mil funcion�rios do setor de fundi��o que fechou acordo de 8% de reajuste.
Os metal�rgicos do Estado de S�o Paulo pedem reajuste de 8%, que cobre a infla��o de 5,39% do per�odo, de acordo com o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor (INPC) e d� aumento real de 2 5%. N�o haver� greve nas f�bricas em que o aumento de 8% foi fechado no ABC.
"Isto n�o significa que o acordo da campanha salarial 2012 j� foi fechado. Ele s� ser� fechado pela FEM-CUT. Quem n�o quiser que sua empresa entre em greve deve entrar em contato com a diretoria do sindicato e oferecer os 8% de reajuste", afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Metal�rgicos do ABC, Rafael Marques, em nota distribu�da � imprensa. Fora o grupo da fundi��o, os demais grupos patronais fizeram propostas inferiores aos 8% reivindicados. As ofertas foram rejeitadas no ABC na assembleia de sexta-feira.
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A Federa��o dos Sindicatos de Metal�rgicos da Central �nica dos Trabalhadores de S�o Paulo (FEM-CUT/SP) negocia por trabalhadores da categoria em todo o Estado. Diante das propostas feitas at� a �ltima sexta-feira, os sindicatos decidiram aprovar a proposta do setor de fundi��o e rejeitar as ofertas dos demais grupos patronais - grupos 2 (m�quinas e eletr�nicos), 3 (autope�as, forjaria e parafusos), grupo 8 (que re�ne setores de trefila��o, lamina��o de metais ferrosos; refrigera��o, equipamentos ferrovi�rios, rodovi�rios entre outros), 10 (l�mpadas, material b�lico, entre outros) e estamparia. Trabalhadores de montadoras ligados � FEM n�o participam da campanha salarial deste ano, pois fecharam acordo v�lido por dois anos em 2011.
Mobilizados durante toda a semana passada, os metal�rgicos paulistas come�aram a intensificar os protestos nesta semana. Na regi�o de Sorocaba, por exemplo, os funcion�rios fizeram paralisa��es hoje nas f�bricas da Gerdau e da Lupatech, segundo a FEM. As demais f�bricas locais est�o trabalhando em "opera��o tartaruga", na qual os funcion�rios reduzem o ritmo de produ��o. Em Salto, Itu e Araraquara, os trabalhadores tamb�m realizaram atrasos e paralisa��es hoje. O grupo 2 tem rodada de negocia��es com a FEM ter�a-feira �s 13 horas. A FEM negocia por cerca de 200 mil metal�rgicos do Estado.
For�a
Os metal�rgicos da For�a Sindical t�m data-base de campanha salarial unificada em 1º de novembro, mas ter�a-feira dirigentes dos sindicatos da base se re�nem para discutir a estrat�gia da campanha deste ano e o apoio aos metal�rgicos da CUT. "Estamos preocupados com o andamento da campanha salarial do ABC e interior. Parece que os sindicatos patronais fizeram um pacto para n�o dar aumento real de sal�rio e vamos enfrentar essa situa��o com unidade na luta, dando apoio a esses companheiros e com a��es conjuntas", disse Miguel Torres, presidente em exerc�cio da For�a Sindical.