O saldo l�quido de empregos formais gerados em agosto foi de 100.938, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira pelo Minist�rio do Trabalho e Emprego. O resultado � fruto de admiss�es de 1.819.767 empregados com carteira assinada e desligamentos de 1.718.829 pessoas.
O volume ficou abaixo do piso projetado de 160 mil vagas, conforme levantamento realizado pelo AE Proje��es com 13 institui��es do mercado financeiro. O intervalo da amostragem ia de 160 mil a 209.616 postos. No acumulado do ano at� agosto, o saldo liquido de empregos ficou em 1.378.803.
A gera��o de apenas 100.938 postos de trabalho formal em agosto foi uma surpresa para o governo, segundo o diretor do departamento de Emprego e Sal�rio do Minist�rio do Trabalho e Emprego (MTE), Rodolfo Torelly. Ele disse que a expectativa era de cria��o de aproximadamente 186 mil postos no m�s passado, que � a m�dia para o m�s. "O resultado ficou abaixo do esperado. O mercado n�o est� t�o previs�vel", comentou o diretor. "No m�s de julho cresceu demais e, em agosto, cresceu menos do que esper�vamos."
Apesar de a agricultura ter sido o �nico setor a encolher em agosto, Torelly salientou que, em igual m�s do ano passado, tamb�m foram fechados mais postos do que abertos. O saldo l�quido de agosto deste ano fechou negativo em 16.615 postos, mas, em igual m�s de 2011, o resultado tinha sido de perda de 19.498 postos. "Houve uma perda de dinamismo de todos os setores. A constru��o civil foi uma surpresa, o servi�o perdeu for�a e a ind�stria perdeu dinamismo", disse.
Segundo Torelly, o resultado de agosto n�o � bom, mas tamb�m n�o chega a ser p�ssimo, principalmente quando considerado o quadro internacional. "Estaria assustado se fosse uma perda de emprego, crise � perda de emprego. N�o � novidade para ningu�m um cen�rio internacional dif�cil", pontuou.
O diretor mant�m a proje��o de gera��o l�quida de emprego este ano de 1,5 milh�o a 1,7 milh�o. At� agosto o saldo est� em 1,38 milh�o. "O cen�rio para o ano � bom e a perda mais localizada � na ind�stria. Vamos esperar para ver o impacto das medidas do governo", considerou.
Proje��es para setembro
Na opini�o de Torelly, a gera��o l�quida de empregos formais em setembro "com certeza" ser� maior do que a de agosto. "O agosto fraco pode ser o pren�ncio de um setembro forte. Meu feeling de t�cnico � o de que teremos um bom setembro", disse.
"Ainda h� demanda reprimida, repercuss�o das medidas do governo para ativar a economia e, al�m de tudo, setembro tradicionalmente � um m�s forte", continuou. Segundo o diretor do MTE, os meses de setembro e maio s�o os que apresentam os dados mais robustos de gera��o de emprego. "O Brasil n�o precisa bater recorde de emprego todo m�s."