O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira, em Londres, que o Brasil "ainda tem espa�o para redu��o" da taxa de juros. Falando a investidores durante a C�pula de Mercados de Alto Crescimento, promovida pela revista The Economist, o ministro brasileiro insistiu em que o governo continuar� se utilizando de pol�ticas monet�rias para promover o crescimento. "Podemos ter uma pol�tica monet�ria ativa. Isso faz sentido no Brasil, onde o cr�dito ainda � relativamente restrito", disse.
Mantega voltou a criticar a pol�tica monet�ria expansiva nos pa�ses ricos. "N�o faz sentido (uma pol�tica monet�ria expansiva) em pa�ses com excesso de liquidez e baixas taxas de juros". Tamb�m avaliou como "realista" uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 4,2% em 2013. Avaliou que os pa�ses emergentes continuar�o tendo taxas de crescimento maiores do que os pa�ses desenvolvidos, em meio ao atual cen�rio macroecon�mico global. Afirmou ainda que o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) deve rebaixar as proje��es para a economia mundial em outubro.
Para Mantega, a guerra cambial � uma "realidade", mas o governo n�o permitir� uma queda de competitividade da ind�stria. "Queremos uma ind�stria forte". Entre os segmentos industriais que devem ser fortalecidos, ele citou, sem mencionar um prazo, que a produ��o nacional de petr�leo subir� de 2 milh�es de barris por dia (bpd) para entre 5 milh�es e 6 milh�es de bpd. Disse ainda que o Pa�s deve encerrar este ano com uma d�vida l�quida em propor��o do PIB abaixo de 35%. Segundo Mantega, a previs�o do governo brasileiro para o crescimento do com�rcio varejista em 2012 � de 7,5%. "Isso � satisfat�rio", avaliou, completando que a capacidade do consumo interno seguir� aumentando.