Com o apoio de entidades contr�rias � constru��o da Usina Hidrel�trica de Belo Monte, no Par�, cerca de 70 pescadores montaram acampamento desde a �ltima segunda-feira (17) em uma ilha pr�xima ao S�tio Pimental, uma das frentes de obra do empreendimento. Na quarta-feira (19), o grupo interrompeu a circula��o em um trecho do Rio Xingu, o que levou a �rea jur�dica do Cons�rcio Construtor Belo Monte (CCBM) a acionar a Justi�a, por meio de pedido de tutela antecipada. O pedido foi deferido pela 1ª Vara C�vel de Altamira e um oficial de Justi�a, acompanhado pela For�a Nacional, foi ao local para determinar a sa�da dos pescadores.
Representante da Col�nia de Pescadores Z-57, Jackson Luiz Nogueira Diniz disse � Ag�ncia Brasil que om ato � pac�fico, mas que, ap�s a chegada do oficial, os pescadores come�aram a deixar o local. “Ele [oficial de Justi�a] chegou com a For�a Nacional, e j� foi ordenando a nossa sa�da e dizendo que, se continuarmos com o acampamento, teremos de pagar uma multa de R$ 5 mil por dia. Como n�o temos condi��es de pagar [esse valor], vamos atender o que determinou a Justi�a”, disse.
A decis�o da Justi�a foi tomada ap�s os pescadores bloquearem o rio com suas canoas, impedindo a passagem da balsa da Norte Energia. O CCBM garante que a ocupa��o n�o chegou a prejudicar o andamento das obras, mas dificultou o despejo de rochas na ponta da ensecadeira (barramento de parte do rio, feito para facilitar constru��es em �reas n�o alagadas) em Pimental.
Entre as reivindica��es apresentadas � empresa, os pescadores pedem a mudan�a da col�nia para uma �rea pr�xima ao lago que ser� constru�do, com a barragem; est�mulo a mercados para a venda de pescados, al�m de indeniza��es e compensa��es. “A pesca na regi�o j� diminuiu, com o in�cio da obra”, disse Diniz.