O d�lar segue travado no intervalo entre R$ 2,02 e R$ 2,03, no centro da estreita banda cambial atual, e a cautela que prevalece no exterior nesta ter�a-feira mant�m a tend�ncia de acomoda��o dos neg�cios dom�sticos de c�mbio. As incertezas na Europa, que mostrou capta��es de It�lia e Espanha menos exuberantes, al�m da agenda econ�mica dos Estados Unidos, devem ditar os rumos do dia. No Brasil, as aten��es se voltam ao discurso da presidente Dilma Rousseff, na Assembleia-Geral da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), onde ela deve refor�ar as cr�ticas ao "tsunami monet�rio".
Por volta das 9h30, na BM&F Bovespa, o contrato futuro do d�lar para outubro perdia 0,07%, a R$ 2,0275, depois de abrir em leve baixa de 0,02%, a R$ 2,0285, e oscilar entre uma m�nima a R$ 2,0265 (-0,12%), e uma m�xima a R$ 2,029 (est�vel). No mercado de balc�o, o d�lar � vista abriu em alta de 0,05%, a R$ 2,027, na m�xima, e, instantes ap�s, ca�a 0,05%, a R$ 2,025, na m�nima.
Segundo operadores, os participantes do mercado de c�mbio seguem na defensiva, com os neg�cios � sombra das interven��es do Banco Central e das declara��es do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Por mais que a autoridade monet�ria esteja ausente das mesas de opera��es h� cinco dias, os profissionais avaliam que qualquer amea�a � cota��o do d�lar pode instigar novas a��es. � v�lido lembrar que a moeda norte-americana vem se mantendo no patamar de R$ 2,02 h� seis preg�es consecutivos. Da mesma forma, os investidores est�o cientes de que ingresso de capital especulativo pode levar o governo a elevar o Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF).
E a recente ret�rica em torno do "acirramento da guerra cambial e o preju�zo �s exporta��es brasileiras", conforme palavras de Mantega, na semana passada, em Londres, deve ser fortalecida hoje. Em discurso de abertura dos debates da 67ª Assembleia-Geral da ONU, previsto para as 10 horas, em Nova York, a presidente Dilma n�o deve perder a chance de marcar posi��o pol�tica e responder �s queixas dos pa�ses industrializados �s �ltimas medidas de aumentar a taxa��o de produtos importados. Deve, ainda, queixar-se das inje��es de liquidez anunciadas pelos grandes bancos centrais globais (dos EUA, Europa e Jap�o) para combater a crise.
Com isso, o c�mbio deve continuar oscilando no mesmo intervalo, avalia a economista da AGK Corretora, Miriam Tavares, em relat�rio. Ainda assim, ela chama a aten��o para os dados do setor externo em agosto, que o Banco Central divulga �s 10h30. No mesmo hor�rio, a Receita Federal publica os n�meros da arrecada��o de tributos.
J� nos Estados Unidos, uma bateria de dados est� prevista para as 11 horas, quando saem o �ndice de atividade na regi�o de Richmond e o �ndice de confian�a do consumidor - ambos referentes a setembro; al�m do �ndice de pre�os de moradias em julho. Antes, �s 10 horas, ser� conhecido �ndice de pre�os de moradias em cidades norte-americanas. No fim do dia, �s 17h30, o API publica o relat�rio semanal sobre estoques de petr�leo bruto e derivados.
Ainda por volta do hor�rio acima, o euro tinha leve alta a US$ 1,2937, de US$ 1,2930 no fim da tarde de ontem, digerindo a coloca��o limitada de t�tulos soberanos espanh�is e italianos, com exibiu um custo de financiamento maior para o primeiro. Nesta manh�, a Espanha pressionou o Banco Central Europeu (BCE) para que informe a quantidade de pap�is que pretende comprar no mercado secund�rio de b�nus, para que o pa�s decida sobre a solicita��o (ou n�o) de um resgate financeiro.
Entre as moedas correlacionadas com commodities, o d�lar norte-americano tinha leve baixa de 0,05% ante o d�lar australiano, mas alta de 0,18% ante o d�lar canadense. A rupia indiana ganhava terreno ante a moeda dos EUA, assim como a lira turca, o d�lar neozeland�s e o rand sul-africano.