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Estado de Minas

Kirchner responde com dureza ao FMI e rejeita qualquer press�o ou amea�a


postado em 25/09/2012 20:18

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, respondeu nesta ter�a-feira na Assembleia Geral da ONU � advert�ncia do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) de que iria dar o "cart�o vermelho" a seu pa�s caso este n�o estabelecesse estat�sticas confi�veis, dizendo que a Argentina n�o ser� submetida a nenhuma press�o.

"Meu pa�s n�o � um campo de futebol. � uma na��o soberana que toma soberanamente decis�es e que portanto n�o ser� submetida a nenhuma press�o e muito menos a nenhuma amea�a", disse Kirchner em seu discurso no encontro anual da ONU em Nova York.

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, disse na segunda-feira que a Argentina tem tr�s meses para por em ordem suas estat�sticas e evitar o "cart�o vermelho" por parte do organismo. Segundo Kirchner, o FMI continua pedindo pol�ticas de ajuste e inclusive, como ontem, amea�ando a pa�ses como a Rep�blica Argentina.

"Quero dizer a titular do Fundo Monet�rio Internacional que isso n�o � uma partida de futebol, que isso � a mais grave crise econ�mica e pol�tica desde os anos 1930", respondeu com dureza Kirchner. "E j� que estamos comparando futebol com pol�tica e economia, devo dizer que o papel do presidente da FIFA tem sido muito mais satisfat�rio que o dos diretores do FMI", completou, arrancando aplausos.


Kirchner afirmou que o FMI vem tentando organizar a economia desde os anos 1980, mas que contudo, "s� se observa crise ap�s crise". A presidente argentina afirmou ainda n�o ter escutado nenhuma autocr�tica do FMI com rela��o �s estat�sticas macroecon�micas de pa�ses como Espanha, Gr�cia ou Portugal, cujos altos d�ficits e d�vidas p�blicas influenciaram a crise na Zona Euro.

"Quais eram as estat�sticas da Espanha, da Gr�cia, de Portugal, da Irlanda, ou da It�lia, que permitiram que esses pa�ses contra�ssem d�vida ou emitissem b�nus sem nenhum tipo de controle?", questionou.

A queda de bra�o entre o FMI e a Argentina, que se prolonga h� mais de um ano, � para que o pa�s sul-americano entregue dados confi�veis sobre a infla��o e o Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com os regulamentos do Fundo, a Argentina deve responder aos requerimentos antes de 17 de dezembro, para evitar que se abra o mecanismo de "censura", que implica primeiro na proibi��o do acesso a empr�stimos, seguido da perda do direito a voto e, eventualmente, ap�s v�rios prazos, a expuls�o.

A Argentina n�o aceita revis�es de sua economia desde que em janeiro de 2006 o falecido ex-presidente N�stor Kirchner (2003/2007), esposo e antecessor de Cristina Kirchner, saldou uma d�vida de 9,5 bilh�es de d�lares com a entidade multilateral. O pa�s, no entanto, aceitou uma miss�o t�cnica do FMI que colaboraria para a elabora��o de estat�sticas confi�veis.

O governo publica estat�sticas de infla��o e crescimento periodicamente atrav�s do Instituto Nacional de Estat�stica e Censos (Indec). Estes dados t�m sido questionados pela oposi��o, que divulga outras cifras, principalmente de infla��o, assim como pelas consultoras privadas, que t�m sido sancionadas em alguns casos pelo governo por divulgar seus resultados.


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