A consolida��o do segmento de alimenta��o como principal empregador no setor de servi�os n�o financeiros no pa�s foi confirmada na Pesquisa Anual de Servi�os (PAS) 2010, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). A expans�o dos neg�cios � motivo de otimismo para empres�rios e entidades do setor.
Na pesquisa do IBGE, com dados de 2010, as empresas que prestam servi�os de alimenta��o aparecem liderando o grupo de servi�os prestados �s fam�lias em gera��o de receita, com R$ 55,7 bilh�es; em ocupa��o, com cerca de 1,4 milh�es de pessoas empregadas; em n�mero de empresas, com 193.309 unidades; em sal�rios e remunera��es, com R$ 13,1 bilh�es, e em valor adicionado bruto, com R$ 28,3 bilh�es.
“O mercado tem crescido e a gente tem se apresentado mais ao mercado. O crescimento tem ocorrido principalmente no mercado de casamentos. As pessoas est�o fazendo investimentos maiores em seus eventos, em suas festas”, disse o empres�rio Gerardo Ruiz, dono de um buf� no bairro carioca da Tijuca, na zona norte da cidade.
H� 17 anos no ramo, Ruiz est� otimista e sua empresa, que tem tr�s funcion�rios fixos e tem uma m�dia de 15 a 20 trabalhadores aut�nomos durante os eventos, fez investimentos em 2012, com apoio de programas de financiamento com capital de giro do governo federal e consultoria do Servi�o de Apoio �s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Rio de Janeiro.
Com os recursos, que foram aplicados em uma cozinha industrial e em um autom�vel utilit�rio, al�m da renova��o de materiais usados no cotidiano, o empres�rio espera um retorno financeiro melhor em 2013, com aumento de receita e o atendimento a um p�blico mais exigente, com uma gama de pedidos mais elaborada. Suas expectativas s�o maior retorno financeiro e poder contratar mais funcion�rios, dividindo as tarefas gerencias que lhe sobrecarregam.
Apostando em inova��o, o chefe de cozinha Joaquim Pedro Paes Leme tamb�m investiu na �rea nos �ltimos anos, primeiro com um buf�, que gerencia h� quatro anos, a partir da cidade de Niter�i, na regi�o metropolitana do Rio.
O neg�cio, que tem seis funcion�rios fixos, obteve bons resultados e lhe permitiu uma aposta mais ousada: uma empresa que fabrica bolos de polenta, em formato de copinhos, com recheios delicados. Iniciada em mar�o, a nova empreitada vende hoje 52 mil unidades mensais, cerca de 30% da capacidade produtiva, e tem cinco funcion�rios.
“Foi at� surpreendente para gente, n�o esperava que o retorno viesse t�o r�pido, que tivesse uma aceita��o t�o boa”, disse Leme. A empresa de Paes Leme teve a automatiza��o toda adaptada e planejamento pr�vio, com fase de testes e estudos de gerenciamento e marketing.
O empres�rio espera recuperar os investimentos em dois anos, num mercado aquecido. “Hoje em dia as pessoas est�o cada vez mais exigentes, at� porque voc� tem muita op��o. Isto exige das ind�strias e empresas mais qualidade, que bota o mercado cada vez mais movimentado, com produtos novos e melhores”, disse.
O crescimento do ramo tem sido sentido pela se��o carioca do Sebrae, que estrutura 26 pontos de atendimento ao setor no estado, 16 deles apenas na capital. “S� na cidade do Rio a gente tem aproximadamente uns 12 mil restaurantes e 15 mil bares. O consumo est� aumentando e o maior desafio talvez seja impedir o fechamento de empresas. A maior parte dos empres�rios ainda abre os empreendimentos sem conhecimento de gest�o”, diz a coordenadora de Projetos de Gastronomia do Sebrae-RJ, Louise Nogueira.
Apesar da necessidade de planejamento cuidadoso e profissionaliza��o dos empreendedores individuais e pequenos empres�rios, o bom momento do setor d� uma taxa de sobreviv�ncia entre as melhores considerando os neg�cios do setor de servi�os e tem refletido sobre toda a cadeia produtiva, com boa perspectiva de se tornarem sustent�veis, caracter�stica que o Sebrae atribui aos empreendimentos que se mant�m por mais de cinco anos.