A ind�stria precisa reduzir seus estoques para voltar a crescer, afirmou nesta quinta-feira o gerente de pesquisa da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), Renato da Fonseca. De acordo com ele, a expectativa do setor � que a alta no consumo, em fun��o das compras de fim de ano, contribua para esse ajuste da produ��o estocada.
Nesta quinta-feira, a CNI recuou da previs�o de que a ind�stria cresceria 1,6% em 2012. Acredita que o setor ficar� estagnado. No caso espec�fico da ind�stria da transforma��o, a entidade calcula que haver� queda de 1,9% na produ��o. Os dados est�o no Informe Conjuntural do terceiro trimestre.
“H� sinais de recupera��o. A Sondagem Industrial de agosto nos mostra um crescimento da produ��o, mas n�o ser� suficiente para compensar as perdas registradas at� agora. Estamos com estoques elevados e o crescimento fica na depend�ncia do ajuste desses estoques”, afirmou Fonseca.
Ele destacou que as medidas de redu��o de custos para a ind�stria, anunciadas pelo governo, tais como queda no custo da energia el�trica e desonera��o da folha de pagamento, s�o essenciais para a retomada do crescimento.
“As medidas de est�mulo ao consumo conseguiram reverter a crise em 2008 e 2009, mas n�o promovem um crescimento sustentado. Por isso a import�ncia da redu��o do custo e do aumento de competitividade da ind�stria. � importante que o governo continue atuando nessa �rea”, comentou. Fonseca frisou que o efeito concreto dessas a��es governamentais s� ser� sentido a partir de 2013.
O Informe Conjuntural, estudo trimestral no qual a CNI revisa as principais proje��es econ�micas, reduziu a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas de um pa�s, de 2,1% para 1,5%. Tamb�m recalculou o fechamento de outros indicadores em 2012, como o super�vit da balan�a comercial (de US$ 20,2 bilh�es para US$ 18,3 bilh�es) e a infla��o oficial (de 5% para 5,5%).