O economista-chefe do banco Bradesco, Octavio de Barros, acredita que as taxas de juros para os tomadores finas t�m espa�o para continuar cedendo. Segundo ele, a correla��o entre a queda da taxa Selic e as taxas para os clientes tem uma "defasagem, n�o � imediata". De acordo com Barros, a redu��o de 5 pontos porcentuais na refer�ncia do juro brasileiro neste ano est� se refletindo "na ponta de forma tamb�m importante".
"A grande preocupa��o vinha sendo com as taxas do cart�o de cr�dito e do rotativo, mas os bancos est�o tomando medidas e isso tende a perder um pouco de aten��o", disse nesta sexta-feira, ao ser questionado sobre a press�o do governo para que os bancos reduzam as taxas de juros para os consumidores.
H� uma semana, o Bradesco anunciou a redu��o da taxa de juros dos seus cart�es de cr�dito com bandeiras Visa, American Express ELO e Mastercard. A taxa m�xima do cr�dito rotativo diminuiu 54%, passando de 14,9% para 6,9%. Os juros para parcelamento nos cart�es de cr�dito ca�ram de 8,9% para 4,9%, na m�xima. As novas taxas do cr�dito rotativo, de saque, parcelamento do emissor e parcelamento da fatura dos cart�es de cr�dito entram em vigor em 1º de novembro.
PIB
O economista-chefe do Bradesco tamb�m afirmou que a economia brasileira deve ter encerrado o terceiro trimestre em um ritmo acelerado de crescimento. Segundo ele, a expans�o do PIB (Produto Interno Bruto) anualizado do per�odo encerrado em setembro deve ter sido de cerca de 5%. "� como um carro atolado que, de repente, pega tra��o e sai em disparada", comparou, refor�ando que o movimento foi impulsionando, especialmente, pela atividade em agosto.
Barros lembra, entretanto, que � natural uma certa acomoda��o ap�s a "disparada". A previs�o dele � que, neste quarto trimestre e em 2013, a atividade econ�mica no Pa�s cres�a em torno de 4% ao ano.
O economista mant�m sua proje��o para o crescimento do PIB neste ano em 1,6%, mesmo ap�s o Banco Central divulgar a revis�o para baixo de sua estimativa de expans�o, de 2,5% para 1,6%, no �ltimo Relat�rio Trimestral de Infla��o. As declara��es foram dadas hoje na Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), onde ele falou sobre a crise mundial e a influ�ncia no agroneg�cio aos participantes do Conselho Superior do Agroneg�cio (Cosag) da entidade.