O mundo precisar� de mais 600 milh�es de empregos para manter as atuais taxas de trabalho est�veis nos pr�ximos 15 anos, destaca nesta segunda-feira um relat�rio do Banco Mundial, que pede aos governos que facilitem a cria��o de postos de trabalho pelo setor privado.
"O desafio do segmento jovem � algo impactante, mais de 620 milh�es de jovens n�o trabalham e nem estudam. Apenas para manter as taxas de emprego est�veis, a quantidade de empregos em n�vel mundial ter� que aumentar em cerca de 600 milh�es durante os pr�ximos 15 anos", destaca o Relat�rio sobre Desenvolvimento Mundial publicado pelo Bird.
Divulgado dias antes da Assembleia Anual do Banco Mundial, em T�quio, o relat�rio salienta que a luta para superar a pobreza passa pelo mercado de trabalho, em especial para as mulheres.
"� fundamental que os governos atuem com o setor privado, que responde por 90% de todos os postos de trabalho", disse o presidente do Banco, Jim Yong Kim.
O relat�rio "Empregos" recorda, por exemplo, que no Brasil 95% dos postos de trabalho foram criados pelo setor privado entre 1995 e 2005.
Em n�vel mundial, mais de 3 bilh�es de pessoas - pouco menos da metade da popula��o total do planeta - t�m emprego, mas quase a metade trabalha em servi�os agr�colas, pequenas empresas familiares ou subempregos, com baixos sal�rios e praticamente sem qualquer prote��o social.
O relat�rio cita uma pesquisa apontando que em 10 de 18 pa�ses latino-americanos ocorreram aumentos salariais que permitiram reduzir em mais da metade o percentual de pobreza.
O documento salienta que os planos p�blicos de aux�lio, como os programas de transfer�ncia de renda para os mais pobres, n�o se comparam com o papel do setor privado na redu��o da pobreza.
Desde os anos 80, mais de 70 milh�es de mulheres entraram no mercado de trabalho na Am�rica Latina, com sua taxa de participa��o subindo de 36% para 43%.
Comparativamente, a taxa de participa��o das mulheres na �frica e no Oriente M�dio cresceu apenas 0,17% em tr�s d�cadas.
O relat�rio afirma que gra�as a reformas desde esta "d�cada perdida" dos anos 80, a Am�rica Latina mostrou mais flexibilidade em termos trabalhistas para suportar o impacto da crise financeira de 2008.
"A Grande Recess�o produziu, comparativamente, menos destrui��o de emprego nesta regi�o", destaca o texto.
Os pobres da Am�rica Latina trabalham na informalidade e as microempresas muito contribuem para a cria��o de empregos, revela o relat�rio. Mais da metade das pequenas empresas da regi�o surgem em cidades com menos de 20 mil habitantes ou nas zonas rurais.
O com�rcio � a base destas empresas, j� que os sal�rios permanecem baixos no setor manufatureiro, segundo o Banco Mundial.
O documento afirma ainda que quanto mais seguro � o emprego, melhor o resultado do trabalho. Em seis pa�ses da regi�o se descobriu que a produtividade era 30% superior nas empresas formais em rela��o �s informais.