As a��es de est�mulo ao crescimento da economia levaram a uma demanda 3,5% maior de energia em setembro, na compara��o com o mesmo m�s do ano passado e 1,1% superior que agosto deste ano.
“O comportamento da ind�stria, que demonstra uma melhora do seu desempenho, em decorr�ncia dos est�mulos do governo, como desonera��o fiscal, crescimento do cr�dito e queda de juros” contribuiu para o resultado, ressaltou o Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS), ao divulgar hoje o Boletim de Carga Mensal de setembro.
A taxa anualizada, pela qual se computa o resultado acumulado dos �ltimos 12 meses, mostra que os valores de carga de energia expandiram 3,6%.
De acordo com o ONS, os principais fatores que influenciaram o desempenho da carga foram as elevadas temperaturas registradas durante o m�s analisado, “decorrente do comportamento meteorol�gico que vem sendo observado desde o m�s de agosto, ocasionado pela configura��o do fen�meno El Ni�o”.
Como exemplo da recupera��o da ind�stria, o ONS ressaltou o n�vel de utiliza��o da capacidade instalada (Nuci) da ind�stria, indicador da Funda��o Getulio Vargas (FGV), que atingiu 84,1% em setembro, ante os 84% registrados em agosto. Esse resultado supera, inclusive, a m�dia dos �ltimos cinco anos (83,7%).
Para o Subsistema Sudeste/Centro-Oeste - que concentra mais de 60% da demanda do pa�s - os valores de carga de energia verificados em setembro apresentaram uma varia��o positiva de 3,1% em rela��o aos valores do mesmo m�s do ano anterior. Com rela��o ao m�s de agosto, a varia��o positiva ficou em 1,4%, enquanto no resultado acumulado dos �ltimos 12 meses, o Sudeste/Centro-Oeste apresentou uma varia��o positiva de 2,8% em rela��o ao mesmo per�odo anterior.
Na regi�o, a taxa de crescimento em rela��o ao mesmo per�odo do ano anterior pode ser explicada principalmente pela ocorr�ncia de elevadas temperaturas, ocasionando um aumento da carga de refrigera��o, o que afeta diretamente o consumo das classes residencial e comercial. Al�m disso, podem-se perceber sinais de reaquecimento das atividades econ�micas na regi�o, sustentado pelo consumo das fam�lias.
J� no Subsistema Sul, os valores de carga de energia verificados em setembro acarretaram uma varia��o positiva de 3,8% em rela��o aos valores do mesmo m�s do ano anterior. Com rela��o a agosto, verifica-se uma varia��o negativa de 2,5%. No acumulado dos �ltimos 12 meses, o Sul apresentou um crescimento de 4,3% em rela��o ao mesmo per�odo anterior.
Nesse caso, a varia��o negativa da carga observada em setembro, em rela��o ao m�s de agosto, pode ser explicada principalmente pela ocorr�ncia de temperaturas inferiores as verificadas naquele m�s. “Com rela��o ao mesmo m�s do ano anterior, a carga continua apresentando um bom desempenho, reflexo do bom comportamento econ�mico da regi�o”, ressalta o ONS.
O maior crescimento da demanda na compara��o setembro 2012/setembro 2011, no entanto, foi verificado no Subsistema Nordeste: 6,3%. Com rela��o ao m�s de agosto, a varia��o positiva foi 3,8%, enquanto no acumulado dos �ltimos 12 meses o Nordeste apresentou um crescimento tamb�m expressivo de 6,3% em rela��o ao mesmo per�odo anterior.
Na regi�o, a varia��o de carga em rela��o ao mesmo m�s do ano anterior � explicada principalmente pela continuidade do bom desempenho observado nas atividades econ�micas, suportada principalmente pela carga de energia das classes comercial e residencial. “Este crescimento reflete o incremento da renda familiar e o avan�o do emprego. Al�m disso, tamb�m contribuiu para esse resultado a redu��o da carga verificada neste mesmo m�s do ano anterior, decorrente do decl�nio das temperaturas nas principais capitais da regi�o”, diz o boletim.
No Subsistema Norte, os valores de carga de energia de em setembro tiveram varia��o positiva de 0,2% em rela��o a setembro de 2011. Com rela��o ao m�s de agosto, a varia��o foi 2,1% e, no acumulado dos �ltimos 12 meses o Norte, ficou em 2,7% de expans�o.