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Estado de Minas

FMI reduz proje��o de PIB brasileiro para 1,5% em 2012


postado em 08/10/2012 18:57 / atualizado em 08/10/2012 19:14

O Fundo Monet�rio Internacional (FMI) fez uma sens�vel redu��o da estimativa de crescimento do Brasil em 2012. A proje��o passou de uma alta de 2,5%, feita recentemente em julho, para uma eleva��o de 1,5%, um pouco inferior � previs�o do Banco Central, que h� quase duas semanas passou para 1,6% sua estimativa. Tal desacelera��o expressiva do Pa�s n�o foi sentida apenas na economia local, mas provocou impactos expressivos na Am�rica Latina, pois conforme o FMI foi respons�vel em grande medida pela perda de vigor da regi�o, que registrou uma velocidade do PIB ao redor de 3% na primeira metade de 2012.

A revis�o do crescimento brasileiro foi a segunda maior feita pelo FMI entre pa�ses avan�ados e emergentes, ficando atr�s apenas da �ndia, cujos n�meros diminu�ram de um incremento de 6 2% para 4,9% em 2012. De acordo com o relat�rio Perspectiva da Economia Mundial, divulgado nesta segunda-feira, o FMI tamb�m reviu para baixo a proje��o do PIB do Brasil de 2013, de uma alta de 4,6% para uma eleva��o de 4,0%.

Para a institui��o, n�o foi somente o cont�gio da crise internacional, sobretudo a recess�o na zona do euro, que fez com que o Pa�s desacelerasse tanto em t�o pouco tempo. "A retomada do crescimento foi abaixo do esperado no Brasil - uma importante causa do desempenho regional mais fraco - devido a condi��es externas prec�rias e � transmiss�o mais lenta da distens�o da pol�tica monet�ria desde agosto de 2011 como resultado do aumento da inadimpl�ncia, depois de muitos anos de r�pida expans�o do cr�dito", apontou o FMI. A necessidade de aperto dos juros em 2011 pelo BC para conter a infla��o e a ado��o de medidas macroprudenciais naquele ano para reduzir a forte expans�o de alguns segmentos de cr�dito tamb�m foram apontados pelo FMI como elementos que contribu�ram para a maior desacelera��o do PIB do Pa�s neste ano.

Economia deve avan�ar

Embora a redu��o do ritmo do PIB do Brasil tenha sido avaliada pelo FMI como mais forte do que a da Am�rica Latina, classificada como "moderada", o Fundo manifesta que a economia nacional deve pegar tra��o no fim de 2012, puxada pela demanda dom�stica. Esse movimento ter� como um dos principais agentes respons�veis o ciclo de redu��o da Selic pelo Banco Central, que reduziu a taxa b�sica de 12,50% para os atuais 7,5% ao ano. "Tamb�m � esperado que a expans�o do emprego continue robusta, especialmente nos setores de servi�os."

Segundo o FMI, a acelera��o do PIB de uma alta de 1,5% em 2012 para 4% em 2013 deve ocorrer sobretudo em raz�o de a��es adotadas pelo governo, como "medidas fiscais com o objetivo de fortalecer a demanda no curto prazo e distens�o da pol�tica monet�ria", como a redu��o da Selic de 5 pontos porcentuais em um ano.

O FMI ressalta, sem entrar em detalhes, que a pol�tica fiscal no Brasil em 2012 ser� neutra para o n�vel de atividade, enquanto ser� levemente restritiva em 2013. Essa � uma avalia��o divergente em rela��o � realizada pelo Banco Central no relat�rio trimestral de setembro, no qual relatava que "iniciativas recentes apontam o balan�o do setor p�blico se deslocando de uma posi��o de neutralidade para ligeiramente expansionista."


Advert�ncias


Mas o Fundo Monet�rio Internacional faz algumas advert�ncias para o Pa�s. "Pre�os de im�veis elevados ou em ascens�o ou o crescimento do peso da d�vida para as fam�lias, especialmente no Brasil, requerem cont�nua vigil�ncia pelos formuladores de pol�ticas", destacou. Segundo o FMI "o boom de consumo tem sido um grande componente do forte desempenho do crescimento" nos �ltimos anos, mas "a demanda dom�stica e os investimentos continuam relativamente baixos". "Reformas (estruturais) poder�o colocar o foco de forma �til em desenvolvimentos adicionais no pilar das contribui��es definidas do sistema de pens�es, racionaliza��o do sistema tribut�rio e desenvolvimento de instrumentos financeiros de longo prazo."

Para o FMI, essas reformas estruturais ser�o importantes para o Pa�s incrementar a oferta. De acordo com o Fundo, muitas economias da Am�rica Latina devem realiz�-las para refor�ar o PIB no m�dio prazo. "No Brasil, os gargalos de infraestrutura s�o uma restri��o ao crescimento. As recentes (decis�es do governo) de realizar concess�es p�blicas ao setor privado para desenvolver a cr�tica infraestrutura de rodovias e ferrovias � um passo para frente bem vindo, mas o aumento do investimento p�blico tamb�m � necess�rio."

O Fundo manteve a proje��o da alta da infla��o no Brasil de 5,2% para este ano e reduziu suavemente a estimativa para 2013, pois passou de eleva��o de 5% para 4,9%. As proje��es para o d�ficit de transa��es correntes de 3,2% do PIB para este ano e tamb�m para o pr�ximo foram reduzidas para 2,6% e 2,8% do PIB, respectivamente. O FMI n�o detalhou os motivos de tais mudan�as de previs�o. Mas uma hip�tese pode ser de que a desacelera��o vigorosa do n�vel de atividade deve implicar em redu��o das importa��es. Para o desemprego, a institui��o internacional manteve suas proje��es de abril, de taxa m�dia de 6% para 2012 e de 6,5% para o ano que vem.


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