Em seis meses, o Brasil registrou uma eleva��o dos riscos em fun��o da velocidade de concess�o de cr�dito, ao mesmo tempo em que viu uma redu��o do perigo das contas externas ficarem vulner�veis. � isso o que mostram indicadores que medem o sobreaquecimento das economias do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), desenvolvidos pelo Fundo Monet�rio Internacional (FMI). Os dados, divulgados nesta segunda-feira, fazem parte do estudo Perspectiva da Economia Mundial.
Esses �ndices buscam mostrar se o n�vel de atividade dessas na��es est� chegando ao limite da sua capacidade de crescer - ou em outras palavras, se a expans�o do Produto Interno Bruto (PIB) est� se tornando menos equilibrada e mais fr�gil para enfrentar choques.
De acordo com o FMI, em abril havia risco m�dio, um sinal amarelo do crescimento do cr�dito no Brasil. Por�m, em outubro a luz vermelha foi acesa. Esse � um dos tr�s indicadores financeiros analisados pelo Fundo, sendo que os outros dois mantiveram suas posi��es anteriores: os pre�os das resid�ncias permaneceram com a cor amarela e os valores das a��es mantiveram a cor azul, o que significa baixo risco de sobreaquecimento da economia.
Por outro lado, houve melhora das contas externas do Brasil. O FMI prev� que o d�ficit de transa��es correntes deve baixar de 3 2% do PIB tanto em 2012 como em 2013 para um resultado negativo de 2,6% e 2,8% do Produto Interno Bruto, respectivamente. Desta forma, esse indicador passou de amarelo para azul, ou seja, de risco m�dio para baixo. No geral, as condi��es do balan�o de pagamentos do Pa�s continuam na cor azul, j� registrada em abril.
O Fundo tamb�m manteve as notas concedidas h� seis meses para os quatro principais indicadores da economia dom�stica brasileira: baixo risco para infla��o e para o fechamento r�pido do hiato do produto; contudo, o FMI classifica como alto o perigo de que a taxa de desemprego possa ajudar a aquecer demais a economia; e mant�m em vermelho o indicador para o ritmo do n�vel de atividade ante a tend�ncia apurada antes da crise de 2007/2008.
Um pequeno destaque feito pelo FMI foi a mudan�a da avalia��o sobre o patamar dos juros reais no Brasil. Em abril, o Panorama Econ�mico Mundial indicava que este tema merecia uma seta para cima, o que simbolizava taxa real de juros acima de 3%. Como esta taxa baixou e est� ao redor de 1,80%, pelo crit�rio ex-ante o sinal ficou num n�vel intermedi�rio entre o anterior e os pa�ses que tem taxas de juros reais negativas.