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Estado de Minas

Ind�stria de fundos mira ganho maior


postado em 14/10/2012 11:50

A ind�stria de fundos de investimento est� se reinventando no Brasil. Na esteira da sucessivas quedas da taxa b�sica de juros, as tradicionais modalidades conservadoras j� come�am a perder espa�o para fundos de maior risco na prefer�ncia dos investidores.

Um panorama dos fundos no Brasil mostra que os investimentos nas diversas categorias somam R$ 2,1 trilh�es, segundo levantamento de agosto da Associa��o Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Boa parte desse montante, por�m, ainda est� aplicada em fundos de renda fixa (32%) e referenciado em DI (12%), produtos que perderam rentabilidade com a queda da Selic - na semana passada, o Banco Central reduziu a taxa b�sica de juros pela d�cima vez consecutiva, para 7,25% ao ano.

O pr�prio mercado tentou deixar mais atrativo os fundos de renda fixa e com referencial DI reduzindo as taxas de juros, mas isso n�o tem sido suficiente para garantir um ganho acima da infla��o. “Em um per�odo de dois anos, o Brasil passou a ter um ambiente de taxas de juros mais baixas. Agora, sentimos uma procura por investimentos alternativos”, afirma Carlos Ambr�sio, CEO da Claritas Investimentos.

O que torna ainda mais necess�ria essa mudan�a � que a perspectiva de uma taxa de juros baixa n�o deve mudar t�o cedo. O Boletim Focus, do Banco Central, projeta a Selic a 8% no pr�ximo ano. Diante desse cen�rio duradouro, especialistas j� alertam que ganhos acima da infla��o s� com maior risco nas aplica��es e menor liquidez.

“Obrigatoriamente qualquer investidor e poupador que quiser ganhar mais vai ter de assumir algum risco. No caso da ind�stria de fundos, o aplicador vai ter de se voltar para um fundo multimercado, por exemplo”, diz Luiz Augusto do Rego Monteiro, s�cio-diretor da parte de renda fixa da Queluz.

N�o por acaso, no radar dos investidores, tamb�m j� aparecem aplica��es em fundos que buscam retornos absolutos e em fundos envolvendo deb�ntures. A compra dos t�tulos privados � uma das apostas das gestoras de investimentos. Em pa�ses com hist�rico de juros baixos, a aquisi��o de deb�ntures � mais comum. “O volume de deb�ntures no Brasil ainda � muito pequeno, h� at� uma dificuldade de encontrar uma nova. Esse mercado ainda vai avan�ar muito no Pa�s”, diz Jos� Eduardo Martins, s�cio da GPS/Pulsar Invest.

Esse ano, por exemplo, o governo anunciou que nove projetos dos Minist�rios dos Transportes e de Minas e Energia ser�o financiados com a emiss�o de deb�ntures. Os investimentos iniciais dever�o somar R$ 12 bilh�es. A expectativa � de que escolas e hospitais sejam financiados por deb�ntures no futuro.

As novas apostas de investimentos tamb�m englobam os fundos imobili�rios. Nessa modalidade, h� isen��o de Imposto de Renda para pessoa f�sica, o que garante um ganho acima da m�dia de mercado. J� num poss�vel cen�rio de calmaria no mercado financeiro internacional � prov�vel que um investimento em a��es volte a despontar.

“Com um cen�rio internacional mais calmo, a gente acredita que a Bolsa deve voltar a aparecer bem. E nisso a renda vari�vel deve come�ar a ter uma demanda maior”, afirma Ambr�sio, da Claritas Investimentos.

Novas op��es

O fim do ganho garantido em fundos de renda fixa e com referencial em DI devem aumentar a quantidade de produtos oferecidos pelo mercado nos pr�ximos anos, segundo proje��es dos analistas. O crescimento de produtos vai exigir cada vez mais uma pesquisa do investidor, desde a composi��o desses fundos at� a estrat�gia prevista para o investimento.

“A gente acha que vai ter uma mortalidade dos fundos de baixa volatilidade. Alguns fundos que v�o aumentar o risco n�o v�o conseguir o prometido para os clientes e tamb�m v�o acabar”, afirma Beto Domenici, estrategista da Rio Bravo.


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