Os bancos p�blicos responderam por 71% do aumento do estoque de cr�dito no Pa�s em 2012, enquanto os privados nacionais tiveram participa��o de 17% e os privados estrangeiros, de 12%. Os dados extra�dos do relat�rio de pol�tica monet�ria e cr�dito do Banco Central (BC) de agosto, foram compilados pelo economista Roberto Lu�s Troster, que durante anos dirigiu a �rea econ�mica da Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban).
A diferen�a no desempenho repete o cen�rio de 2008 e 2009, quando as institui��es controladas pelo governo federal tamb�m expandiram os empr�stimos em velocidade muito superior � dos concorrentes privados. Para muitos analistas, por�m, as semelhan�as param por a�. Eles argumentam que, l� atr�s, a conjuntura era de cr�dito travado em raz�o da crise global. Hoje o dinheiro circula normalmente.
O abismo entre os n�meros � explicado pela estrat�gia distinta adotada pelos dois ramos da ind�stria financeira em 2012. Por meio do Banco do Brasil e da Caixa Econ�mica Federal, o p�blico vem atuando conforme a orienta��o do governo de 1) estimular a atividade econ�mica com mais cr�dito e 2) aumentar a concorr�ncia no setor financeiro.
Os privados, de seu lado, sofreram durante boa parte do ano com o aumento da inadimpl�ncia, que os levou a ficar mais cautelosos na concess�o de empr�stimos. A tend�ncia para os calotes, ali�s, � de queda neste �ltimo trimestre do ano, de acordo com especialistas.