
De acordo com �rg�o, o fen�meno acontece porque as pessoas retomam suas atividades normais - como tomar banho, acender as luzes da casa ou abrir a geladeira - simultaneamente em um curto espa�o de tempo. Segundo o operador, haver� folga na gera��o das usinas e nas linhas de transmiss�o para dar conta do aumento s�bito do consumo de energia el�trica que deve ocorrer nos oito minutos ap�s o fim da novela. A concentra��o do consumo nos primeiros oito minutos depois do cap�tulo final de "Avenida Brasil" requer um r�pido equil�brio entre a demanda e a carga de energia, informa o ONS.
"O r�pido crescimento de consumo de energia em um curto per�odo de tempo causa sensibilidade ao sistema de transmiss�o. A gera��o tem de ser aumentada rapidamente e por isso j� trabalhamos com folga nas unidades geradoras, para que haja o aumento no fluxo das linhas", explica o ONS. O �rg�o disse, no entanto, que n�o h� risco de apag�o, e a expectativa � que tudo ocorra sem nenhum impacto no suprimento.
O efeito j� foi verificado, por exemplo, em jogos de Copa do Mundo e final de outras novelas, como "Caminho das �ndias", quando a carga no minuto seguinte ao fim das transmiss�es variou de 4 a 6 mil megawatts. De acordo com o ONS, a novela "Avenida Brasil" j� atingiu a carga de 4,4 mil megawatts, em julho, que significa um aumento de consumo equivalente ao Estado do Paran� ou a cidade do Rio de Janeiro. "� como se a cidade inteira do Rio de Janeiro se acendesse de uma s� vez", explica o ONS.
Conta de luz mais cara
A situa��o prec�ria dos reservat�rios das usinas hidrel�tricas brasileiras levou o Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS) a acionar, ontem, as termel�tricas a �leo, a segunda op��o de gera��o de energia mais cara do pa�s. Com isso, no ano que vem, a conta de luz dos brasileiros poder� ficar mais salgada.
Entre o fim de setembro e 17 de outubro, o n�vel de armazenamento nas usinas do Sudeste e do Centro-Oeste caiu de 47,89% para 41,8%. No mesmo per�odo, nas usinas localizadas no Sul do Brasil, a �gua acumulada baixou de 44,78% para 38,01% e no Norte as reservas ca�ram de 51,19% para 37,39%. Somente no Nordeste a situa��o melhorou, e os reservat�rios sa�ram de 42,63% para 46,40%, mesmo assim porque usinas como Tr�s Marias, no Rio S�o Francisco, em Minas Gerais, que ajudam a regular os reservat�rios do Nordeste, aumentaram a vaz�o na tentativa de regularizar o fornecimento de energia na regi�o vizinha. O Estado de Minas antecipou a gravidade da situa��o na semana passada.
“Face ao atraso das chuvas provocado pelo fen�meno clim�tico El Ni�o, o ONS iniciou o despacho de 2.100 megawatts (MW) proveniente de termel�tricas a �leo a partir de 18 de outubro (ontem)”, diz o �rg�o em comunicado. A medida visa evitar que seja ultrapassada a curva de avers�o ao risco, que nas regi�es Sudeste e Centro-Oeste est� na casa dos 33% para setembro e de 28% para outubro. Esta � a primeira vez no ano que o ONS despacha as t�rmicas a �leo, que s�o acionadas por ordem de m�rito, come�ando pelas mais baratas e chegando �s mais caras.