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Estado de Minas

Delfim diz que todos os pa�ses usam taxa cambial 'suja'


postado em 25/10/2012 14:31

O economista e ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto disse nesta quinta-feira, em S�o Paulo, que o trip� econ�mico (c�mbio flutuante, meta de infla��o e responsabilidade fiscal) continua valendo, mas destacou que todos os pa�ses usam uma taxa cambial "suja", termo empregado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao admitir nesta semana que o governo administra o c�mbio. De acordo com Delfim Netto, a administra��o federal faz ajustes no trip�, conforme as dificuldades enfrentadas pelo Pa�s.

"Temos flutua��o suja do c�mbio, mas todos os pa�ses do mundo fazem a mesma coisa", afirmou, em semin�rio da Federa��o do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo do Estado de S�o Paulo (FecomercioSP). Como exemplo, ele mencionou a �ltima rodada de relaxamento quantitativo dos Estados Unidos, o chamado QE3. "� claro que os Estados Unidos est�o desvalorizando a sua moeda. Isso est� no programa de governo do (Barack) Obama, que quer dobrar as exporta��es do pa�s em oito anos." Segundo Delfim, "� um grande rid�culo" falar que o Brasil controla o c�mbio, pois "o c�mbio flex�vel nunca existiu, isso � ideia de economista".


O economista e ex-ministro da Fazenda afirmou tamb�m que a pol�tica fiscal do Pa�s � um exemplo internacional e que o esfor�o de economia para pagamento de juros da d�vida n�o precisa ser t�o rigoroso. Delfim lembrou que a d�vida l�quida em rela��o ao Produto Interno Bruto (PIB) est� em torno de 35% e em trajet�ria de queda. "Por isso, a gente n�o precisa dessa taxa de super�vit prim�rio", afirmou.

Sobre a infla��o, o economista e ex-ministro afirmou que a dificuldade est� em itens do grupo alimenta��o. Para Delfim, se os pre�os dos alimentos fossem retirados da infla��o, a taxa observada ficaria pr�xima � meta de 4,5%. "O que existe � um choque de oferta, assim como aconteceu com o tomate. Criou-se a infla��o do tomate e 90 dias depois ela desapareceu." Na opini�o do economista, � uma grande ilus�o acreditar que o mercado pode prever a taxa de infla��o para daqui um ano. "Previs�o de infla��o pode at� ser v�lida para tr�s meses, mas mais que isso � imposs�vel", disse.


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