O Banco de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) vai financiar dois ter�os, algo como 66%, de todo o investimento no plano de concess�es de portos e aeroportos, a ser lan�ado pelo governo em breve. A informa��o � do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que esteve nesta quinta-feira em Bras�lia, onde participou da solenidade de lan�amento do Plano Safra da Pesca e Aquicultura.
Segundo ele, a decis�o do banco � "participar pesadamente do financiamento das infraestruturas de log�stica" do Pa�s. Isso inclui as obras em rodovias e ferrovias. "Deveremos financiar um porcentual importante, dois ter�os em m�dia, de todo o investimento em portos e aeroportos", disse. "S�o infraestruturas que t�m um prazo de matura��o relativamente longo e demandam um cr�dito de longo prazo", explicou.
Coutinho estima que a emiss�o de deb�ntures para infraestrutura tem um potencial de R$ 40 bilh�es a R$ 50 bilh�es no pr�ximo ano. "Acho que o potencial de emiss�o de deb�ntures para infraestrutura � muito grande, j� a partir do pr�ximo ano", afirmou. A abertura valer� para investidores estrangeiros, mas o financiamento ter� que ser em reais. "Nossas infraestruturas faturam em reais e n�o pode ter um descasamento de moedas", explicou.
A primeira etapa do programa de log�stica, lan�ada em agosto pela presidente Dilma Rousseff, trata das concess�es de ferrovias e rodovias, que receber�o um aporte de R$ 133 bilh�es do banco em 25 anos. Agora ser� a vez dos portos e aeroportos. O plano tem por objetivo incentivar investimentos p�blicos e privados na infraestrutura do Pa�s.
Os termos das deb�ntures a serem lan�adas, segundo Coutinho, j� foram parte da lei 12.431. "Essa lei foi aperfei�oada e estamos em tratativas com bancos de investimento e fundos de pens�o, de maneira a tornar esse um instrumento de mobiliza��o de poupan�a e de compartilhamento do financiamento de longo prazo junto com o BNDES", informou.
Ele ponderou que, com a queda da taxa de juros, os t�tulos do Tesouro passaram a oferecer rendimento mais baixo. Assim, tanto os fundos de investimento - para remunerar seus cotistas -, quanto os fundos de pens�o, precisam realizar metas de rendimento mais alta. "E n�o h� nada melhor do que os investimentos em infraestrutura", garantiu.
Segundo Coutinho, esses segmentos podem oferecer retorno com perfil de longo prazo com risco relativamente baixo. "O prazo dessas deb�ntures tem de ser no m�nimo de 4 anos. Mas, idealmente, essas deb�ntures t�m de ser compat�veis com prazos de investimento", explicou. Como esses investimentos t�m maturidade m�nima de 15 ou 20 anos, acrescentou, "n�s gostar�amos que essas deb�ntures ajudassem com prazos de pelo menos 10 anos. Elas precisam ter prazos longos, sen�o todos os investimentos de longo prazo ficam por conta do BNDES, que j� est� sobrecarregado", completou.