Os bancos de pa�ses emergentes, incluindo os brasileiros, j� est�o entre os maiores do mundo, aponta o F�rum Econ�mico Mundial, em levantamento divulgado na quarta-feira (31/10) em Genebra. O ranking das institui��es financeiras de maior valor de mercado j� tem pelo menos sete bancos emergentes: tr�s chineses (China Construction Bank, Agricultural Bank of China e Bank of China), tr�s brasileiros (Ita� Unibanco, Banco do Brasil e Bradesco) e um russo (Sberbank).
“Os bancos emergentes n�o est�o apenas substancialmente grandes; est�o crescendo r�pido”, diz o estudo. Um exemplo � que o Brasil ultrapassou, no ano passado, os lucros obtidos no Reino Unido, apesar de ter menos de um quinto da base de ativos brit�nica. Entre 2005 e 2010, a fatia das institui��es dos pa�ses em desenvolvimento no valor de mercado global quase dobrou.
Como o n�vel de bancariza��o nessas pra�as ainda � baixo, o crescimento deve vir principalmente dos mercados dom�sticos, avalia o F�rum. Apesar disso, v�rios bancos passaram a atuar no exterior. O Standard Bank, da �frica do Sul, por exemplo, gera quase um quarto de seus lucros fora de casa.
Na avalia��o do F�rum, os bancos emergentes passaram melhor pela crise global, o que ter� repercuss�es em seu papel no futuro do sistema financeiro mundial. As institui��es de pa�ses em desenvolvimento n�o tiveram de passar pelo grande processo de desalavancagem do restante do mundo e puderam continuar emprestando, com o uso da est�vel base de dep�sitos.
Al�m disso, essas institui��es j� tinham �ndice de capitaliza��o mais elevado, de 13% na �sia, at� 17% na Am�rica Latina. Outro ponto � que as novas regras de Basileia 3 devem ser menos dolorosas para os emergentes, que t�m menor exposi��o a ativos mais arriscados.
Para completar, as na��es em desenvolvimento se encontram em condi��es bem melhores do que as desenvolvidas, sem problemas de endividamento soberano ou d�ficits elevados. “� quase certo que os bancos emergentes logo se tornar�o players importantes do sistema financeiro mundial”, conclui o F�rum.
Ranking
O Brasil perdeu a lideran�a latino-americana do ranking de desenvolvimento do sistema financeiro do F�rum Econ�mico Mundial. O Pa�s foi desbancado pelo Chile no levantamento deste ano, divulgado na quarta-feira (31/10) em Genebra.
Os resultados apontam que o Brasil caiu duas posi��es no ranking da entidade, para o 32.º posto, entre 62 pa�ses analisados. J� o Chile subiu dois lugares e atingiu a 29.ª coloca��o, tornando-se o melhor da Am�rica Latina. “A queda do Brasil pode ser atribu�da aos resultados mais fracos obtidos nos quesitos de estabilidade financeira, mercados financeiros e acesso financeiro”, diz o relat�rio.
Entre os pontos avaliados, houve deteriora��o na estabilidade da moeda e do sistema banc�rio. A moeda brasileira deixou de ser a segunda mais est�vel de toda a mostra no ano passado, e recuou para a sexta posi��o, em raz�o da piora da rela��o entre o saldo de conta corrente do balan�o de pagamentos e o PIB.
Al�m disso, o ambiente de neg�cios continua uma das maiores fraquezas do Brasil, em raz�o das dificuldades do sistema tribut�rio, custos elevados e capital humano mais fraco. O F�rum aponta ainda que o ambiente institucional do Pa�s � atrasado por um setor financeiro n�o liberal, fraca estrutura legal e regulat�ria e relativa inabilidade de fazer cumprir contratos. Os pontos que mostraram melhora foram as atividades de fus�es e aquisi��es, seguros e securitiza��o.
Enquanto a avalia��o brasileira se deteriorou, o Chile melhorou a situa��o do mercado financeiro, com destaque para o desenvolvimento de a��es e t�tulos. Segundo o F�rum, o pa�s tem institui��es e pol�ticas fortes.