A carteira ativa de microcr�dito do Santander somou R$ 216,8 milh�es de janeiro a setembro deste ano, crescimento de 38% sobre o mesmo per�odo de 2011. Ao final do terceiro trimestre, o banco somava R$ 309 milh�es em desembolsos no ano, alta de 17% sobre o mesmo intervalo de 2011. Desde 2002, as opera��es de microcr�dito totalizam desembolsos de R$ 1,5 bilh�o e mais de 250 mil empreendedores atendidos.
De acordo com o diretor da Santander Microcr�dito, Jer�nimo Ramos, o segmento representa cerca de 2% da carteira total de ativos do banco, mas tem grande potencial de crescimento. "As taxas de crescimento indicam que temos capacidade de ampliar nossa participa��o. A Regi�o Nordeste, em especial, concentra a maior fatia de libera��es e maior potencial de expans�o do microcr�dito", disse.
Ramos contou que o segmento chegou ao Nordeste apenas cinco anos depois da sua implementa��o da opera��o de microcr�dito no Brasil, em 2002; no entanto, a regi�o responde por 80% dos desembolsos. "O curioso � que 70% das linhas de cr�dito no Nordeste est�o no nome de mulheres", destacou.
Os pequenos empreendedores podem financiar entre R$ 500 e R$ 15 mil no Santander, sendo que os setores que mais demandam linhas de microcr�dito s�o confec��o (21%), com�rcio de roupas (15%) e cosm�ticos (8%). "Um levantamento da FGV (Funda��o Getulio Vargas) mostra que 80% da renda gerada em uma comunidade � gasta na pr�pria comunidade", destacou o executivo, sobre o capacidade do microcr�dito que aquecer a economia de pequenas localidades.
Ramos disse que a opera��o registra 96,6% dos contratos pagos em dia e renova��o de 73% dos empr�stimos. Segundo ele, a inadimpl�ncia � pequena no segmento, em fun��o do aval de pessoas que formam grupos de indica��o. "Em 2010 tivemos a menor taxa de inadimpl�ncia", lembrou.
O modelo da Santander Microcr�dito � baseado no grupo solid�rio. Um agente de cr�dito visita os clientes atuais e potenciais em seus locais de atua��o, entende do neg�cio e verifica qual � a melhor oferta. Ap�s a verifica��o, � formado um grupo de cr�dito em que cada participante toma seu empr�stimo e auxilia o outro para que as parcelas sejam pagas em dia e n�o prejudique todo o grupo. "Atualmente, 64% do cr�dito concedido pela opera��o � em capital de giro para investimentos no neg�cio", afirmou o executivo.