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Estado de Minas

Pequenas e m�dias empresas podem refor�ar economias latino-americanas contra a crise


postado em 16/11/2012 16:16 / atualizado em 16/11/2012 16:42

As pequenas e m�dias empresas da Am�rica Latina s�o chaves para um crescimento que permita enfrentar as desigualdades e uma excessiva depend�ncia das mat�rias primas que torna a regi�o vulner�vel � crise, defenderam nesta sexta-feira autoridades em C�diz.


Apesar de um importante crescimento econ�mico, que este ano deve superar 3% e alcan�ar 4% em 2013, "n�o h� lugar para a complac�ncia" na Am�rica Latina, alertou o secret�rio geral da Organiza��o para a Coopera��o e o Desenvolvimento Econ�micos (OCDE), o mexicano Angel Gurr�a.


"A regi�o enfrenta importantes desafios para seu desenvolvimento a longo prazo", afirmou na apresenta��o, simult�nea � XXII C�upula Iberoamericana de C�diz, de um relat�rio sobre perspectivas econ�micas no continente, elaborado com a Comiss�o Econ�mica para Am�rica Latina e Caribe (CEPAL) das Na��es Unidas.


"A menor demanda externa" devido � crise amea�a algumas economias latino-americanas com "excessiva depend�ncia da exporta��o de recursos naturais, que t�m que se voltar para a manufatura, os servi�os, um maior valor agregado e um conte�do de conhecimento", destacou.


Neste esfor�o, "as pequenas e m�dias s�o players estrat�gicos", considerou a secret�ria executiva da CEPAL, a tamb�m mexicana Alicia B�rcena, destacando que "a �nica forma de diminuir a brecha entre ricos e pobres, entre os que t�m e n�o t�m, � uma mudan�a estrutural".


"Nossa regi�o � a mais desigual do mundo, n�o a mais pobre", disse B�rcenas, que lembrou que entre 1990 e 2010 a pobreza diminuiu de 48% a 30% na Am�rica Latina, com a apari��o de importantes classes m�dias.


Contudo, para manter e consolidar essas classes m�dias s�o necess�rias reformas que passam, em grande medida, pelas pequenas e grandes, que representam 99% das empresas da regi�o e 67% dos postos de trabalho, mas apenas 20% do PIB, afirmou.


Este dado evidencia um grave problema de produtividade neste tipo de neg�cios, disse Gurr�a. "A produtividade nas grandes empresas na Am�rica Latina � quase seis vezes maior que nas pequenas empresas e nas micros", afirmou.


Al�m disso, "a regi�o tem d�ficits em tecnologia, infraestrutura, que se aprofundam nas pequenas e m�dias empresas e isso torna sua internacionaliza��o muito dif�cil", alertou o colombiano Luis Alberto Moreno, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).


Cerca de 50% do com�rcio na Europa se d� em torno das pequenas e m�dias, enquanto na Am�rica Latina � de apenas 18%, disse.


Entre os problemas que enfrentam, destaca-se o acesso ao cr�dito, de 30% das pequenas e m�dias empresas da regi�o devido aos altos juros - 8% em m�dia na Am�rica Latina frente a 2% na Europa - ou que n�o cumprem os requisitos impostos pelos bancos.


Tamb�m � necess�rio "aumentar sua capacidade de inovar e de incorporar tecnologia de ponta", disse B�rcenas, destacando que na Am�rica Latina se insveste menos de 0,7% do PIB em Pesquisa e Desenvolvimento.


"Nossas empresas n�o investem em P&D, nem as grandes nem as pequenas, esperam que seja o setor p�blico que invista", lamentou, destacando que neste aspecto pa�ses como Espanha e Portugal, atualmente em crise, podem aportar seu conhecimento tecnol�gico.


Outra reforma imprescind�vel � a educacional, concordaram as autoridades regionais, para dotar as empresas de m�o de obra qualificada.


"N�o se trata apenas de ir � escola, mas da qualidade da educa��o que estamos dando para que haja absor��o do progresso t�cnico", afirmou a secret�ria executiva da CEPAL, destacando, por exemplo, que "71% dos empres�rios no Brasil declara ter dificuldades para preencher vagas" por falta de forma��o.


Todos esses desafios requerem pol�ticas ativas e importantes investimentos p�blicos, disseram, pedindo aos governos da regi�o para mudar as estruturas tribut�rias para arrecadar mais.


A Am�rica Latina enfrenta o "desafio de n�o deixar passar esta grande conjuntura, que � �nica", destacou o presidente executivo do banco de desenvolvimento da Am�rica Latina CAF, o boliviano Enrique Garc�a.


A regi�o tem que "seguir um modelo que deve ser de transforma��o produtiva, que permita ter maior crescimento e de maior qualidade" e conseguir "que, em um prazo de 20 anos possamos convergir com os pa�ses industrializados" igualando seu n�vel de bem-estar, concluiu.


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