A defla��o de 0,16% registrada na segunda pr�via de novembro do �ndice Geral de Pre�os - Mercado (IGP-M) n�o deve se repetir no indicador fechado deste m�s. O ritmo de queda nos pre�os no atacado come�a a perder f�lego, o que faria a taxa se aproximar da estabilidade at� o fim de novembro, segundo o coordenador de an�lises econ�micas do Instituto Brasileiro de Economia da Funda��o Getulio Vargas (Ibre/FGV), Salom�o Quadros.
"As mat�rias-primas come�am a sair da defla��o, um sinal de que essa queda no IPA (�ndice de Pre�os por Atacado) � tempor�ria, vai durar mais um ou dois meses no m�ximo e depois termina. Ainda tem defla��o, mas ela est� acabando. As quedas n�o est�o mais t�o grandes, o milho j� est� subindo, e a soja est� caindo menos", avaliou Quadros.
As mat�rias-primas brutas passaram de um recuo de 1,12% na segunda pr�via do IGP-M de outubro para uma queda de 0,58% na segunda pr�via de novembro. Mas os pre�os das mat�rias-primas agropecu�rias j� est�o pr�ximos da estabilidade, com redu��o de 0,05% na segunda pr�via de novembro, ap�s terem ca�do 0,25% na mesma pr�via de outubro. "As taxas ainda est�o negativas, mas rapidamente se aproximando do territ�rio positivo", alertou o economista do Ibre.
No mesmo per�odo, o milho em gr�o saiu de uma queda de 3,91% para uma alta de 3,07%. J� a soja em gr�o reduziu a queda de -5 56% para -3,08%. "At� o final de novembro ou in�cio de dezembro, o IGP-M deve estar de volta ao positivo. N�o significa que vai ter press�o sobre a infla��o. � s� o fim de uma situa��o transit�ria causada pelo choque agr�cola", observou Quadros, que espera para as pr�ximas leituras uma fase de acomoda��o no indicador.
O destaque na defla��o na segunda pr�via do IGP-M de novembro foi a redu��o de 1,09% nos pre�os dos alimentos processados. "J� � a queda das mat�rias-primas que chega tanto na ind�stria quanto no varejo", apontou o economista.