A produ��o de petr�leo da Bacia de Campos, respons�vel por 80% da produ��o da Petrobras no Brasil, atingiu o menor patamar em quase cinco anos em setembro (�ltimo dado dispon�vel). A estatal produziu 1,471 milh�o de barris de �leo e LGN (liquefeito de g�s natural - barris equivalentes de petr�leo) por dia na m�dia do m�s na bacia. O resultado foi melhor apenas do que o 1,435 milh�o registrados em novembro de 2007.
Em rela��o � produ��o de janeiro deste ano (1,753 milh�o barris/dia), a queda � de 281 mil barris/dia, ou 16%. A diferen�a � respons�vel por uma perda acumulada de mais de R$ 7 bilh�es para o caixa da empresa, pelos c�lculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). H� tr�s semanas, o diretor de Explora��o e Produ��o da Petrobras, Jos� Miranda Formigli, disse que o resultado do m�s havia sido impactado por paradas nas plataformas P-53 e P-57, na Bacia de Campos, al�m de paradas programadas para manuten��o.
A P-53, na unidade operacional Rio de Janeiro, teve problemas pontuais associados � planta de processo que j� foram resolvidos. J� na P-57, no campo de Jubarte, o motivo da parada estava ligado a equipamentos de po�o. A resolu��o estava em andamento � �poca do coment�rio. A queda vem se acentuando desde o in�cio do ano. A avalia��o � que a empresa paga o pre�o, com paradas mais longas que o previsto, por n�o ter feito manuten��o adequada no passado.
Diante deste cen�rio, a Petrobras decidiu, em meados do ano, investir US$ 5,6 bilh�es em quatro anos para recuperar a produ��o da Bacia de Campos, dentro do programa de recupera��o de efici�ncia operacional Proef. O maior decl�nio est� em campos antigos. Ontem, a estatal lan�ou tamb�m um programa de recupera��o espec�fico para a unidade do Rio de Janeiro, que inclui os campos novos da Bacia de Campos, como Roncador, Marlim Sul, Albacora Leste e Marlim Leste. A unidade produz mais de 900 mil barris de petr�leo por dia, ou 47% da produ��o da Petrobras no Pa�s. A efici�ncia ainda est� em bom n�vel: 91%.
Com o programa, a Petrobras quer evitar que se estenda �s novas �reas o decl�nio registrado nas unidades mais antigas da Bacia de Campos, onde a efici�ncia da produ��o caiu a menos de 70% neste ano. "Em dois anos, no m�ximo, poder�amos ter situa��o igual � da Bacia de Campos e n�o queremos isso", disse Formigli na ocasi�o.