Os pre�os do caf� ar�bica devem cair mais em 2013 devido � previs�o de colheita ampla no Brasil mesmo no ciclo de menor produ��o, informou o banco Macquaire em relat�rio divulgado nesta ter�a-feira. A abund�ncia de caf� no mercado global pesou sobre as cota��es nas �ltimas semanas, e "h� muitas raz�es para acreditar que a perspectiva negativa possa se estender at� 2013" segundo o banco.
Maior investimento em novas mudas, expans�o de �rea, podas, administra��o cuidadosa e aplica��o de fertilizantes nos �ltimos tr�s anos est�o alimentando expectativas de uma safra grande de caf� no Brasil em 2013. Assim, de acordo com a institui��o, os futuros podem voltar para seu intervalo hist�rico de negocia��o entre 130 cents e 150 cents por libra-peso.
O maior banco de investimento da Austr�lia disse que originalmente previa que os pre�os do ar�bica se recuperariam um pouco no in�cio do pr�ximo ano, pois o mercado estava preparado para um ciclo de baixa produ��o no Brasil em 2013, mas a situa��o mudou e, ao mesmo tempo, grande parte da demanda foi perdida para a variedade robusta.
O Macquarie lembrou que as torrefadoras de caf� mantiveram suas margens durante o per�odo de enfraquecimento da economia em mercados maduros reduzindo o volume de variedade ar�bica e aumentando o de robusta, mais barato, em seus blends. O banco informou que a demanda por ar�bica subiu menos de 400 milh�es de sacas em 2011/12, bem abaixo do normal. A institui��o, no entanto, n�o prev� necessariamente que haver� redu��o de procura pelo ar�bica devido ao pr�mio menor para essa variedade.
O mercado tamb�m avalia como sinais baixistas o pequeno volume de vendas da safra 2012/13 e a consequente amea�a de vendas maiores do Brasil no futuro, disse o Macquarie. Mais de 60% do produto brasileiro rec�m-colhido ainda n�o foi vendido, acrescentou, pois a maior parte dos cafeicultores esperam por pre�os melhores.
Segundo a institui��o, as cooperativas de produtores brasileiros n�o veem problemas em estocar seu caf� e vender depois, pois a capacidade de armazenamento e financiamento ainda n�o representam um problema. Ao mesmo tempo, o real ainda n�o est� t�o desfavor�vel neste per�odo do ano, ent�o os produtores est�o relativamente bem em termos financeiros.