O diretor da Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel), Juli�o Coelho, defendeu a tese de que a Cemig tem direito de renovar a concess�o das usinas de S�o Sim�o, Jaguara e Miranda por mais 20 anos, sem redu��o das tarifas. Essas usinas foram as �nicas que nunca tiveram os contratos prorrogados, ao contr�rio das demais afetadas pelos efeitos da Medida Provis�ria 579. "A minha opini�o pessoal � de que, se prorrogamos para todo mundo, seria razo�vel mantermos essa expectativa tamb�m para a Cemig", disse.
Na avalia��o de Coelho, n�o apenas os contratos devem ser preservados, mas tamb�m as expectativas das empresas em rela��o aos atos do poder concedente. � por essa raz�o que ele defende o direito da Cemig � renova��o autom�tica. Coelho, no entanto, n�o soube dizer se h� a possibilidade de o governo voltar atr�s e reconsiderar a op��o da prorroga��o autom�tica para a companhia mineira.
Coelho n�o participou da elabora��o do pacote de energia do governo, assim como os diretores da Aneel Edvaldo Santana e Andr� Pepitone. Somente o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, e Romeu Rufino, tamb�m membro da diretoria do �rg�o, fizeram parte das discuss�es com o governo.
"Foi uma decis�o do governo chamar os dois diretores para participar", minimizou Pepitone. "Eu mesmo externei essa quest�o � diretoria da Aneel", contou Santana. Ele lembrou, por�m, que os atos que dizem respeito � MP 579 ter�o de ser referendados por toda a diretoria, durante as reuni�es ordin�rias, que acontecem semanalmente.