O �ndice Geral de Pre�os - Mercado (IGP-M), que em novembro registrou defla��o de 0,03%, deve deixar o terreno negativo no pr�ximo m�s, na medida em que o �ndice de Pre�os ao Produtor Amplo (IPA), que tem participa��o de 60% no IGP-M, tamb�m deve migrar para o campo das altas. A previs�o � do coordenador de an�lises econ�micas do Instituto Brasileiro de Economia da Funda��o Getulio Vargas (Ibre/FGV), Salom�o Quadros, em entrevista, nesta quinta-feira, para comentar o IGP-M. "Mas isso n�o deve ser nada explosivo, que preocupe", disse, sem, contudo, fornecer uma proje��o exata nem para a taxa em dezembro nem para o fechamento de 2012.
O IPA apresentou em novembro defla��o de 0,19%. Al�m do esperado deslocamento dos pre�os no atacado rumo a n�veis mais elevados em dezembro, Quadros acredita ainda que o �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no IGP-M, ficar� mais pressionado, uma vez que dificilmente o grupo Alimenta��o ter� infla��o t�o benigna quanto a de 0,08% deste m�s.
Com a queda vista em novembro, o IGP-M acumulado nos �ltimos 12 meses desacelerou a 6,96%, ante 7,52% at� outubro, mas, considerando-se que em dezembro a expectativa � de retorno a taxas positivas, a trajet�ria do �ndice em 12 meses deve voltar a acelerar - em dezembro de 2011, o IGP-M recuou 0,12%.
Para 2013, Quadros aposta em uma trajet�ria de desacelera��o para o IGP-M, mas tamb�m sem estimar um n�mero exato para o indicador. "Certamente ter� uma desacelera��o, mas diria que 'n�o linear', para usar um termo em voga", afirmou.
Na sua avalia��o, ao longo do ano que vem, � pouco prov�vel haver taxas mensais acima de 1% com a mesma frequ�ncia vista em 2012. Este ano a oferta de commodities foi bastante afetada por problemas clim�ticos, sobretudo sobre a safra de soja norte-americana, que foi v�tima de uma severa estiagem, com efeito nocivo sobre os pre�os do atacado e varejo. "A n�o ser em caso de haver nova adversidade clim�tica, o IGP-M n�o deve subir como em 2012", previu, lembrando ainda que "s�o bastante boas as expectativas de safra para o ano que vem".
A percep��o do coordenador sobre o IGP-M para 2013 tamb�m n�o muda num quadro de eventual aumento da demanda em raz�o da prov�vel continuidade da recupera��o da economia. "Mesmo que haja acelera��o nos pre�os da ind�stria com abertura de espa�o para recomposi��o de parte das margens de lucro, n�o deve fazer frente ao que foi o choque agr�cola este ano", comentou.