O diretor da Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel), Juli�o Coelho, criticou nesta quarta-feira a interfer�ncia que a Aneel dever� fazer no portf�lio das distribuidoras por causa da Medida Provis�ria nº 579. "A cota deveria ser alocada como a energia de Itaipu, de acordo com o mercado de consumo de cada empresa", disse o diretor durante apresenta��o na Amcham-SP.
Coelho explicou que, pela MP, a Aneel dever� realizar a transfer�ncia de contratos de uma distribuidora para outra com o intuito de garantir a redu��o das tarifas, destinando um montante maior de cotas para empresas que possuem um mix de compra de energia maior. "Isso anula uma poss�vel gest�o eficiente da distribuidora", comentou.
Ele tamb�m avaliou negativamente a prerrogativa de a Aneel definir a tarifa de amplia��o da gera��o, com base em um banco de pre�o. "Isso retira a racionalidade econ�mica de compra, porque a geradora n�o precisa mais administrar o melhor momento" disse, defendendo que a amplia��o nas usinas amortizadas tamb�m deveria ser viabilizada pela disputa de contratos no mercado regulado (leil�es) ou livre.
"Hoje � o gerador que avalia economicamente o projeto e s� o realiza se a rela��o custo/benef�cio o torna vi�vel. Com a MP, o banco de pre�o define a tarifa e remunera o investimento, sem que o gerador precise avaliar risco/retorno".