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Estado de Minas

Gleisi defende maior queda nos juros e incomoda bancos


postado em 15/12/2012 09:12

Uma nova cobran�a do governo pela diminui��o das taxas de juros causou desconforto a executivos do setor financeiro. Nem tanto pelo conte�do, ao qual eles j� se acostumaram, mas pelo contexto em que se deu: durante o tradicional jantar de fim de ano da Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban), realizado quinta-feira em S�o Paulo. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, que representava a presidente Dilma Rousseff, foi direta em seu discurso. "Seremos desenvolvidos e equilibrados se continuarmos no processo de redu��o das taxas de juros para garantirmos o desenvolvimento do nosso Pa�s", disse.

"Precisamos cada vez mais da ajuda dos senhores para fazer isso (dar uma vida digna aos brasileiros), de maneira mais equilibrada e mais r�pida, onde todos possam ganhar. Baratear o cr�dito � garantir investimentos, gerar progresso e desenvolvimento. � apostar num c�rculo virtuoso da vida e das rela��es. Este � o nosso chamado."

As palavras da ministra foram interpretadas por v�rios dirigentes de bancos como uma mensagem clara da presidente Dilma de que os juros das opera��es financeiras ainda est�o altos e t�m de baixar mais.

"� um evento festivo. S�o esperados pronunciamentos de concilia��o, como o do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que em seu discurso afirmou que as novas regras internacionais para o setor financeiro (Basileia 3) ser�o adotadas no Brasil com um cronograma confort�vel para os bancos" disse o diretor de uma grande institui��o. "A rela��o do governo com os bancos foi tensa neste ano. Mas a ministra deu uma cutucada. E ela doeu."

Para outro alto executivo de banco, a ministra "n�o tinha que falar sobre juros". Ele contou que, em sua mesa, quando Gleisi come�ou a tocar no tema, houve apreens�o. "Um colega do meu lado perguntou para outro se ele estava ouvindo. Ele riu e disse que n�o estava escutando nada." Para o presidente de um banco, a ministra "esqueceu" de oferecer contrapartidas para permitir a continuidade da queda dos juros. "Como reduzir ainda mais os juros com a quantidade de impostos que incidem sobre a intermedia��o financeira?", indagou. "Por que n�o reduzir ou acabar com o IOF, por exemplo?"

Em nota enviada ao Estado no in�cio da noite de ontem, o presidente do Ita�, Roberto Setubal, disse que a presen�a da ministra no jantar foi "um importante gesto de aproxima��o e convite para o di�logo, do qual n�o nos furtaremos". "Ela mencionou a import�ncia dos bancos no desenvolvimento da economia e ressaltou que via com satisfa��o a evolu��o recente dos juros e spreads. Atrav�s de uma intera��o construtiva podemos contribuir para encontrar as solu��es que tornem nosso sistema financeiro ainda mais eficiente, reduzindo ainda mais o custo da intermedia��o financeira."


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