(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Rendimento encolhe para 8,4 milh�es de brasileiros entre 2000 e 2010

O valor do rendimento m�dio real mensal saiu de R$ 134 para R$ 101, uma perda de 24,6%, segundo dados do IBGE


postado em 19/12/2012 10:05 / atualizado em 19/12/2012 09:36

Embora haja uma tend�ncia em curso de desconcentra��o da renda no Pa�s, em 2010, os 10% dos brasileiros com menor rendimento receberam menos do que em 2000, segundo dados do Censo Demogr�fico, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

Entre os 84 milh�es de pessoas com algum rendimento, os 8,4 milh�es que receberam menor rendimento mensal diminu�ram sua participa��o na massa de rendimentos do Pa�s, de 1,1% em 2000 para 0,8% em 2010. O valor do rendimento m�dio real mensal saiu de R$ 134 para R$ 101, uma perda de 24,6%. Segundo o IBGE, n�o houve como identificar na pesquisa a causa do fen�meno. "S�o rendimentos muito baixos, e a gente n�o sabe quem s�o os que recebem esses rendimentos", explicou Cimar Azeredo, gerente da Coordena��o de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Por outro lado, diminuiu tamb�m a fatia de renda concentrada nas m�os dos 10% que receberam mais, de 51,3% em 2000 para 48,8% em 2010. Mas o valor do rendimento m�dio real mensal nessa faixa de renda subiu no per�odo, de R$ R$ 6.433 para R$ 6.541, um aumento de 1,7%.


Entre os rendimentos obtidos apenas do trabalho, os 10% dos ocupados melhor remunerados diminu�ram sua participa��o na renda, enquanto os 10% pior remunerados aumentaram. "Houve redu��o na concentra��o de renda", apontou Vandeli Guerra, t�cnica do IBGE.

No entanto, os dados do Censo mostram que a concentra��o de renda no Pa�s permanece enorme. Em 2010, os 10% trabalhadores melhor remunerados ficaram com 45,3% de todos os rendimentos, enquanto os 10% ocupados com menor renda responderam por uma fatia de apenas 1,3% dos rendimentos do Pa�s. Em 2000, os 10% que recebiam mais detinham 50,5% da renda, enquanto os 10% que recebiam menos totalizavam juntos apenas 1,0% da renda.

Distrito Federal

O Distrito Federal liderou o ranking de concentra��o de renda em 2010, segundo dados do Censo Demogr�fico. O �ndice de Gini da distribui��o de rendimento mensal da regi�o foi de 0,634, resultado ainda maior do que o registrado em 2000, quando era de 0,630, um aumento de 0,6%. O indicador � usado para medir o n�vel de desigualdade. Quanto mais pr�ximo de 0, menor � a desigualdade. Quanto mais pr�ximo de 1, maior � a concentra��o de renda.

O Censo mostrou ainda que houve aumento ainda na concentra��o de renda de Roraima (de 0,569 em 2000 para 0,579 em 2010, alta de 1,8%) e Amazonas (de 0,592 para 0,598, aumento de 1%) no per�odo. Nas demais unidades da federa��o, houve redu��o na desigualdade de renda.

Na m�dia nacional, o �ndice de Gini diminuiu de 0,611 para 0,575, um recuo de 5,9%, gra�as a resultados como o de Santa Catarina, Estado com menor concentra��o de renda no Pa�s, que reduziu o n�vel de desigualdade de 0,568 em 2000 para 0,497 em 2010, uma queda de 12,5%.

Empregadores


Enquanto o rendimento m�dio real dos empregados ocupados aumentou entre 2000 e 2010, a renda dos empregadores encolheu. Entre os empregadores, o rendimento m�dio real mensal do trabalho principal foi reduzido de R$ 6.138 para R$ 4.994, uma queda de 18,6%.

"N�o tem uma explica��o de por que reduziu", disse Vandeli Guerra, t�cnica da Coordena��o de Trabalho e Rendimento do IBGE. "Mas a propor��o de empregadores � pequena na popula��o ocupada", lembrou.

J� a renda m�dia dos empregados aumentou em 15,8%, de R$ 1.018 em 2000 para R$ 1.179 em 2010. Como resultado, no total do Pa�s, o valor do rendimento m�dio real mensal de todos os trabalhadores ocupados passou de R$ 1.234 em 2000 para R$ 1.292 em 2010, alta de 4,7%.

Entre as categorias de trabalhadores, o destaque foram os militares e funcion�rios p�blicos estatut�rios, que tiveram um ganho real de 40,9% no rendimento m�dio mensal. Em segundo lugar na lista com maior ganho de renda, figuraram os trabalhadores dom�sticos com carteira de trabalho assinada (33,9%) e sem carteira assinada (27,2%).

Em 2010, os maiores sal�rios foram pagos pelos Organismos internacionais e outras institui��es extraterritoriais: R$ 4.180. Mas a atividade representa apenas 0,005% dos trabalhadores ocupados, esclareceu Vandeli.

J� os piores rendimentos m�dios mensais foram registrados pelos trabalhadores ocupados nos servi�os dom�sticos (R$ 479) e atividades ligadas � agropecu�ria, produ��o florestal, pesca e aquicultura (R$ 744).


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)