Enquanto 27,9% dos moradores da �rea rural gastam at� cinco minutos no deslocamento para o trabalho, na �rea urbana esse percentual � 14,8%. Os dados est�o na publica��o Censo Demogr�fico 2010: Resultado da Amostra – Educa��o e deslocamento, divulgada hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Foi a primeira vez que o estudo abordou o tempo de deslocamento.
Em n�meros, dos 55,1 milh�es moradores de cidades que trabalhavam fora de casa em 2010, 6,6 milh�es passavam at� cinco minutos no tr�nsito, 28,5 milh�es gastavam de seis a 30 minutos no deslocamento e 1 milh�o de pessoas passavam mais de duas horas. J� na �rea rural, dos 6,4 milh�es de trabalhadores, 1,3 milh�o de pessoas levavam at� cinco minutos no trajeto, 3,5 milh�es gastavam de seis a 30 minutos e 78,9 mil demoravam mais de duas horas para chegar ao trabalho.
De acordo com o pesquisador do IBGE Cl�udio Stenner, n�o existe um padr�o mundial de tempo ideal de deslocamento entre a casa e o trabalho. Mas, para ele, esse tempo influencia diretamente na qualidade de vida e tamb�m do trabalho das pessoas.
“N�o existe uma m�dia ideal, mas o que a gente pode dizer com certeza � que tempos exagerados no deslocamento para o trabalho t�m um impacto direto na qualidade de vida, que � bem evidente � medida que o tempo livre da pessoa se reduz brutalmente”, destacou. “Por outro lado, tem um impacto tamb�m na produtividade econ�mica, porque a pessoa vai chegar mais cansada ao trabalho, vai chegar com uma condi��o f�sica e psicol�gica pior e, evidentemente, isso vai se refletir na produtividade que ela vai ter no trabalho, ent�o � uma quest�o social e econ�mica”, acrescentou.
A an�lise do IBGE n�o incluiu o meio de transporte usado no deslocamento at� o local de trabalho.