O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira que existe a possibilidade de a economia brasileira crescer de 4% a 4,5% em 2013. Segundo ele, as proje��es do mercado v�o de 3% a 4%.
"Fico contente que a proje��o mais pessimista � de 3%. Eu prefiro ficar com a estimativa de 4%, que � um bom n�mero para 2013", disse. O ministro, no entanto, evitou fazer proje��o para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2012. "2012 j� foi. N�o vamos olhar para tr�s", disse. Mantega participou nesta quarta-feira de um caf� da manh� com jornalistas.
Ano dif�cil
O ministro Mantega fez, no entanto, um balan�o do desempenho da economia em 2012 e tra�ou proje��es para 2013. Durante um caf� da manh� com jornalistas, o ministro disse que 2012 foi "um ano de batalha" e que n�o teve a trajet�ria econ�mica que o governo esperava. "N�o s� n�s, toda a torcida do Corinthians e do Palmeiras", afirmou.
Segundo ele, embora 2012 tenha sido um ano dif�cil, foi um ano de grandes realiza��es, de reformas estruturais, mas que n�o surtem efeito imediato. "N�o traz a felicidade imediata", ressaltou. Ele observou, no entanto, que n�o foi s� o Brasil que n�o conseguiu a taxa de crescimento desejada. Falou que o mundo desacelerou, destacando a situa��o da China.
Reformas
Segundo o ministro, o lado positivo de 2012 para o Brasil foram as reformas estruturais. Ele disse que o Pa�s vivia uma distor��o com juros, cambial e tribut�ria. "O Brasil convivia com essas tr�s grandes distor��es que causam danos tamb�m para o governo que paga um servi�o elevado da d�vida".
Mantega disse que o Brasil pagou, no ano passado, 5,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em servi�o da d�vida e estimou que isso cair� para 4,6%, este ano, e ficar� em torno de 4,4% em 2013. Segundo ele, nenhum Pa�s do mundo tem um pagamento t�o grande do servi�o da d�vida.
"Ningu�m aguenta. O Brasil tinha essas distor��es g�meas. O Brasil vive com a carga tribut�ria alta para pagar a d�vida e o Brasil precisa de um super�vit de 3% do PIB, tamb�m para pagar a d�vida", afirmou.
Carga tribut�ria
Mantega disse que as distor��es g�meas ao longo deste ano foram juros e carga tribut�ria elevada. "� quase um milagre o que fizemos nestes �ltimos anos". Estamos eliminando essas distor��es e temos de olhar a repercuss�o dessas mudan�as". O ministro destacou que o Pa�s nunca teve juros reais como os atuais, de 1,7%. "� uma maravilha!".
O ministro lembrou tamb�m que o governo promoveu desonera��es tribut�rias de R$ 45 bilh�es, este ano. "Tudo que deixamos de pagar de juros vamos reduzir em tributos", disse. Ele falou ainda que o Pa�s vive um momento de transi��o, de forte est�mulo ao investimento e � produ��o.