Admitindo frustra��o, o ministro da Fazenda, Guido Mantega disse que, mesmo que ele se pintasse de verde e fosse � Esplanada dos Minist�rios, n�o conseguiria aumentar os investimentos durante a crise este ano. E, mais � frente na conversa de fim de ano com jornalistas nesta quarta-feira, pediu "chega de olhar para tr�s" destacando que 2012 j� acabou.
Ele citou que em per�odos dif�ceis os empres�rios s� injetam dinheiro em condi��es seguras. Afirmou tamb�m que o governo 'fez o diabo' para elevar os investimentos este ano e mostrou confian�a de que v�o deslanchar em 2013, principalmente porque os juros reais para financiamentos est�o negativos. "N�o faltam condi��es para investimento."
O mesmo discurso de seguran�a de recursos vale para a Eletrobras. Segundo o ministro, a empresa ter� caixa dispon�vel para ampliar suas aplica��es no setor, principalmente depois de receber as indeniza��es previstas com a ades�o � proposta do governo de antecipar a renova��o de contratos que vencem a partir de 2015.
Mantega disse que as companhias que aderiram � oferta v�o receber parte � vista e outra parte "ao longo do tempo", mas n�o especificou como ser� a divis�o. Ele salientou que os investimentos para o setor el�trico s�o o segundo maior no Pa�s, atr�s apenas de g�s/energia. "E v�o continuar sendo."
Chega de olhar para tr�s
Para o ministro, a economia est� em franca recupera��o e pediu: "2012 j� foi. Temos que olhar que a economia est� se acelerando. N�o olhem para tr�s. Mas olhem para frente". Ele ponderou que nunca se fez reformas t�o importantes e mencionou, mais uma vez, a redu��o do custo da energia el�trica que entrar� em vigor no pr�ximo ano, o que tamb�m vai ajudar nos investimentos.
Sempre na linha otimista, destacou os programas de concess�es e lembrou que todas as pesquisas de confian�a est�o positivas. Mantega conjecturou at� que 2013 n�o precisa ser como 2010, quando a economia teve expans�o mais de 7%. Mas falou que � preciso caminhar para o crescimento m�dio de 4,5% e 5%.
Para o ministro, o Pa�s vive o momento de desintoxica��o dos juros. "O corpo econ�mico do Brasil estava viciado em juros. Todo mundo olhava os rendimentos." Agora, na opini�o dele, os investidores t�m de migrar de investimentos como o CDB para outros mais rent�veis, como o mercado de deb�ntures e de letras financeiras. "N�s acabamos com o per�odo do lucro f�cil, sem risco."
E completou : "Quero ver ganhar dinheiro com ousadia, suando a camisa e com esp�rito animal. Porque investir � correr algum risco. Por isso que o investimento titubeia na crise, porque � o compromisso com o futuro".