O governo brasileiro planeja reduzir as pol�ticas para enfraquecer a moeda e diminuir as taxas de juros em 2013, � medida que o crescimento econ�mico come�a a se recuperar ap�s dois anos de crise, disse, em entrevista, o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "O ano de 2013 vai ser mais calmo, com menos medidas, porque elas j� foram tomadas", afirmou. "As pol�ticas monet�rias e cambiais est�o ajustadas."
Enfrentando queda do crescimento nos �ltimos dois anos, o Brasil reduziu sua taxa b�sica de juros, a Selic, para uma baixa recorde de 7,25% e introduziu uma s�rie de medidas para impedir que sua moeda valorizasse ante o d�lar, como a implementa��o de controles de capital sobre alguns investimentos estrangeiros.
"O Brasil agora tem de se adaptar, tem de se acostumar com esses n�veis de taxas de juros e de c�mbio", afirmou Mantega. "� claro sempre podem haver flutua��es, tanto em termos de taxa de juros quanto de moeda, mas estamos em uma posi��o totalmente diferente da que est�vamos no come�o do ano passado."
Al�m das taxas de juros e de c�mbio, o governo da presidente Dilma Rousseff tomou uma s�rie de outras medidas para impulsionar o crescimento nos �ltimos anos. As medidas provocaram cr�ticas de alguns analistas, que alegam que elas interrompem o investimento e podem provocar infla��o, ao mesmo tempo em que n�o garantem a recupera��o da economia. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu a um ritmo menor, de cerca de 1% em 2012, ap�s registrar alta de apenas 2,7% em 2011.
Mantega rebateu as cr�ticas, dizendo que as medidas est�o come�ando a surtir efeito e ajudar�o a impulsionar a maior economia da Am�rica Latina a taxas de crescimento entre 3% e 4% este ano e acima de 4% em 2014.
"Estamos come�ando com um cen�rio internacional melhor e vamos come�ar a colher o que plantamos em 2011 e 2012", disse Mantega. Ele afirmou que a economia do Brasil come�ou a se acelerar nos meses finais de 2012, enquanto a previs�o para os EUA melhorou, a crise da d�vida da Europa parece ter evitado o pior cen�rio e a taxa de crescimento da China est� come�ando a subir novamente.
Mantega, de 63 anos, ganhou proemin�ncia global em 2010 ao acusar os EUA e a Europa de se engajar em uma "guerra cambial" por introduzirem pol�ticas que, segundo ele, enfraqueceram o d�lar e o euro em detrimento das economias de mercados emergentes como o Brasil, tornando-as menos competitivas no processo. Os controles de capital implementados por Mantega foram destinados a evitar que d�lares baratos inundassem o Brasil e fortalecessem o real.
Esses controles, combinados com um crescimento econ�mico mais fraco e menores taxas de juros, enfraqueceram a moeda em cerca de 25% ante o d�lar desde meados de 2011. "A taxa de juros est� em uma posi��o favor�vel", disse Mantega. "As taxas de juro e o c�mbio, as principais vari�veis, est�o em um estado mais equilibrado do que no come�o de 2012." A moeda agora "flutua mais de acordo com o sabor do mercado", completou.
O ministro reconheceu que muita deprecia��o pode ser uma coisa ruim: o enfraquecimento do real em 2012 provavelmente contribuiu em 0,5 ponto porcentual para a infla��o em 2012 e uma moeda mais fraca tamb�m torna mais caro importar equipamentos de fabrica��o necess�rios para a ind�stria local. "Um taxa de c�mbio muito depreciada tamb�m pode ser inconveniente", disse ele.